'Pensem como marketeiros, mas criem como creators'

Yuri Mussoly, head de conteúdo do TikTok, fala sobre como a plataforma pode ajudar as marcas a se conectarem com a audiência

"Marcas, não estraguem o TikTok". Esse foi o pedido de Yuri Mussoly, head de conteúdo do TikTok em sua palestra na Gramado Summit de 2024. A executiva foi uma das atrações do palco principal para falar sobre como as marcas podem utilizar da plataforma e da creator economy para promover seus produtos e/ou serviços.

Em 'Creators além da publi', Yuri discorreu sobre o funcionamento do TikTok, ressaltando que o aplicativo é muito mais sobre entretenimento e conteúdo do que sobre publicidade. "Muito se fala mas pouco se faz além da boa e velha publi. Todo mundo tá meio cansado e de saco cheio disso mas o TikTok é uma plataforma mais descontraída e aberta à cocriações, além de ser uma plataforma de descoberta de novos talentos", afirmou a executiva.

Segundo Yuri, 70% dos usuários do TikTok acreditam que as comunidades da plataforma têm o poder de mudarem a cultura e, por isso, é importante que as marcas se alinhem com os criadores, uma vez que são eles que fazem com que a plataforma seja relevante.

"As pessoas se conectam com pessoas, não com marcas e máquinas, embora nós estejamos vivendo em um mundo que usufrui da evolução da tecnologia para nos ajudar. Aqui, é sobre olho no olho, então a marca que usa o criador certo para se comunicar, tem mais chance de fazer sucesso porque o fator humano é muito importante. O criador é uma ponte entre a relação que a marca quer construir com o público", explicou.

Para isso, ela deu três dicas para as empresas: criar uma conexão emocional com o público, construir uma narrativa e ter o pensamento no resultado e, com base nelas, apresentou opções de tom de voz que as marcas podem usar como uma estratégia de comunicação na plataforma.

Em "relacionável", Yuri explica que as empresas podem adotar uma postura humorística e deu como exemplo uma publicidade feita pela Luftal, que usou dessa estratégia para divulgar o seu produto que combate os gases, assunto que muitas vezes é tratado como tabu entre as pessoas.

Já com o "aspiracional", ela sugere que se estabeleça uma postura de soberana, digna de servir de inspiração e estimule o desejo do público. A terceira opção é o "informativo", onde as empresas podem usar da plataforma para informar sobre temas, como foi o caso do Itaú, que apostou no marketing de influência para alertar sobre golpes bancários

Por fim, em "inspirador", a executiva aponta que as marcas podem assumir um papel "social", de realmente inspirar as pessoas em diversas frentes. De exemplo, ela citou a campanha 'That's not my name', da Dove, que convidou os usuários da plataforma a recordarem apelidos que recebiam de amigos e familiares na infância e adolescência.

No fim de sua palestra, Yuri convidou as pessoas a 'pensarem como marketeiros, mas criarem como creators' e relembrou que a plataforma oferece uma diversidade grande de conteúdos e possibilidades, basta as marcas entenderem a linguagem e se conectarem com os criadores corretos para as mensagens que querem dar.