Pesquisa da Abap gaúcha identifica problemas na região

Uma pesquisa realizada pelo capítulo da Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade) no Rio Grande do Sul, com 34 publicitários e controladores de agências, entre outubro e novembro do ano passado, com trabalho de campo do instituto Segmento, constatou que a região tem crescimento zero, declínio de 82,4% e estabilidade de 17,2%. Segundo os entrevistados, a sequência elenca que a crise econômica gera recessão que resulta na diminuição dos investimentos em mídia, além de provocar demissões nas agências e configurar o declínio da atividade.

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“As percepções dos profissionais de agência sobre o momento atual do mercado publicitário reproduzem em intensidade palavras negativas (76,4%) para caracterizar o momento atual do Rio Grande do Sul”, sintetiza o estudo. Porém, a amostra sinaliza “com muita clareza” que a crise é justificada como “um ciclo coerente e lógico” da economia geral do país.

Para 40,33% dos entrevistados, a crise encabeça a cadeia de problemas. 16,17% creditam à remuneração de agências, 15,08% à concorrência e 14,43% veem problemas nos clientes. No relatório, o Segmento reproduz uma sentença capturada na pesquisa: “Os anunciantes não acompanham as evoluções na comunicação e na relação com os consumidores atuais. O resultado é a busca por novas alternativas através de velhas soluções”. Outro aspecto aponta a origem da concorrência desleal nos agentes autônomos e ao amadorismo local. O estudo prossegue: “A crise traz a recessão e a queda dos investimentos das empresas. O cliente tende a ter atitudes conservadoras e dificultar ações novas de comunicação e de fazer diferente”.

As consequências da era digital para mais da metade dos entrevistados significa em uma transformação vertical do modelo de negócios. A influência da mídia digital impactou o modelo de remuneração das agências para 20,6%. Para 38,2%, o ideal é adotar uma nova fórmula de negócios. 26,5% acreditam que “se reinventar para tornar-se relevante e oportuna” é a saída. Os entrevistados também estão cientes de que o capital humano vai exercer protagonismo nas agências que querem ter percepção moderna de serviços.