“Podemos crescer mesmo com a crise”, afirma presidente da Ancine

O segundo dia da Feira e Congresso ABTA, que acontece no Transamérica Expo Center até quinta-feira (6), em São Paulo, começou com uma afirmação um tanto quando animadora. Manoel Rangel, presidente da Ancine (Agência Nacional de Cinema), disse que o processo de crescimento do setor de TV por assinatura não acabou. “Nós podemos crescer mesmo com a crise”, destacou o executivo.

De acordo com ele, diferente de outros setores da economia brasileira, a área de TV por assinatura não vive uma retração. “No entanto, o entrave que ainda existe é a questão dos preços”, disse. “Por isso, nós precisamos de iniciativas que conversem com esse problema. É preciso encontrar uma equação”, completou.

Rangel afirmou também que o setor precisa de ajustes. “Ajustes pontuais seguem sendo necessários para que o setor esteja pronto para reagir com vigor e consistência tão logo a demanda reprimida volte a fluir e o mercado consumidor equacione suas questões econômicas”, ressaltou

Fortalecimento

Manoel Rangel disse ainda que o audiovisual brasileiro “está cada vez mais forte na economia brasileira”. “Nós tivemos um crescimento contínuo de 2007 a 2012, até quando esse levantamento foi feito”, disse. Ele classificou o setor como robusto. “Esse cenário é resultado do bom aproveitamento que tivemos da economia brasileira”, frisou.

Para ele, ainda existe mercado para ser conquistado. “O tamanho do setor audiovisual ainda é pequeno perto do que podemos conquistar, temos muito a crescer em todas as áreas”, disse. Ainda de acordo com o presidente da Ancine, o segmento de TV por assinatura é fundamental para o crescimento do audiovisual.

“Precisamos continuar buscando caminhos para fazer com que mais brasileiros ingressem neste mercado”, afirmou.

Rangel também falou sobre os benefícios da Lei 12.485, que, entre outras coisas, removeu barreiras à competições. A lei também ampliou a oferta do serviço e estimulou a diminuição do preço final ao assinante, além de ter estabelecido a obrigação de programação de conteúdos brasileiros nos canais de espaço qualificado, e de canais brasileiros dentro de cada pacote ofertado ao assinante.

“Houve um aumento, por exemplo, de 71,1%no total de CRTs, que são o certificado de registro de títulos de obras”, disse. Além disso, também segundo Rangel, houve um aumento no número de horas de veiculação de conteúdo brasileiro por semana.