Por que agências estão aceitando criptomoedas como fee?
Valorização, fácil acesso às informações, blockchain seguro são algumas das vantagens que especialistas apontam quando o assunto são as criptomoedas. Por outro lado, risco de bolha financeira, ausência de regulamentação, além da alta volatilidade são alguns dos riscos. E no equilíbrio da balança estão agências que passaram aceitar criptomoedas ao invés do pagamento tradicional.
Uma delas é a Macfor, que já investe em criptomoedas desde 2010. Atualmente, como afirma o co-founder e CFO da agência, a empresa mantém um investimento em bitcoins para diversificar e maximizar o retorno.
“Como uma empresa que sempre busca inovações, medimos, testamos, questionamos tudo e desafiamos o status quo. Faz parte de nossa cultura. Assim, entendemos que é nosso dever viabilizar o futuro, e, aceitar essa moeda como forma de pagamento por nossos serviços nos deixa mais alinhados com nosso propósito”, disse José Antônio Fortunato.
Alexandre Carmona, sócio e diretor na Innova AATB, aponta a ausência de risco como uma das vantagens para aceitar criptomoedas. “Na transação não há risco, desde que as empresas usem plataformas confiáveis e seguras e que façam as declarações da forma adequada. Além disso, o risco de oscilação de preço fica conosco, pois optamos por manter o ativo em carteira”, afirmou. “E, até agora, vem dando ótimos frutos, além de ser um meio rápido, fácil e que aproxima todo o mercado”, completou.
O executivo conta que já pensava em aceitar a moeda virtual há um tempo, mas a ideia se tornou realidade desde quando a agência começou a cuidar da comunicação do Mercado Bitcoin.
“A Innova está desenvolvendo projetos de tokenização de ativos para clientes e parceiros de diferentes segmentos ainda não explorados, como entretenimento, esporte e imobiliário. Ou seja, estamos transformando ativos reais em ativos digitais dentro de uma exchange”, contou.
TENDÊNCIA E PRUDÊNCIA
Um estudo divulgado recentemente pela britânica Nickel, especializada em criptoativos, revelou que um conjunto de 19 empresas já possui US$ 6,5 bilhões alocados em bitcoin.
O levantamento, publicado pelo Valor Investe, mostra ainda que essas desembolsaram US$ 4,3 bilhões para comprar os bitcoins, no caso, se o investimento foi feito no ano passado.
O CFO da MacFor, por exemplo, acredita que o ativo será uma tendência cada vez mais forte no mercado da publicidade. “Se analisarmos esse novo movimento, mais voltado para as relações B2B, acredito que isso se dará facilmente, pois as empresas que se já diversificam seus recursos terão a possibilidade de aproveitar a rentabilidade das criptomoedas”, disse Fortunato.
E Cristina Helena Pinto de Mello, economista da ESPM, concorda. Para ela, há uma tendência de que a criptomoeda deixe de ser um ativo, ‘uma aplicação financeira’, para ser um meio de troca mais utilizado. “Quanto maior a aceitação como meio de pagamento, maior deverá ser a procura por esta alternativa”, afirmou a especialista.
Ainda de acordo com a Pinto de Mello, por serem limitadas e escassas, a tendência das criptomoedas é de também aumentar o valor. “Contudo, trata-se de um ativo de risco e seu valor pode cair. Outra atenção importante é entender que a perda do código de acesso às criptomoedas corresponde a perder o valor investido sem alternativa de recuperação”, alertou.
REPCOIN
Aceleradora e gestora de posicionamento, a Motim resolveu apostar em criptomoedas. No caso, a empresa lançou a sua própria. A RepCoin (RPTC), como é chamada, é uma moeda virtual que tem seu valor agregado ao prestígio das empresas no mercado brasileiro.
Criada no ambiente ethereum, a RPTC foi a forma concebida para simbolizar a importância da gestão de posicionamento assertiva dentro do mercado de inovação. As RPTCs serão enviadas pela Motim aos seus clientes e poderão ser revertidas ao final de 12 meses em serviços de assessoria de imprensa ou conteúdo de alta performance a entidades não-governamentais e projetos sociais.
Como base, um projeto de assessoria de imprensa, para quem busca iniciar sua presença na imprensa, custaria 1000 RPTC e é válido por três meses. A ação foi pensada em conjunto pela equipe multidisciplinar da Motim.
O lançamento oficial do ativo será realizado em um live nesta terça-feira (20), às 19h, no perfil do LinkedIn da empresa.