Por que marcas estão dando licença para funcionário que adotar um pet?
A Petz, rede de petshop que tem 139 unidades no Brasil, apresentou essa semana um novo benefício a seus colaboradores que adotarem um animal: a Licença PETernidade. São dois dias para que eles se dediquem à adaptação do novo bichinho na rotina da casa e da família.
Ao anunciar a novidade, a empresa convidou outras companhias e obteve resultados: Zee Dog, Vivo, Royal Canin (com iniciativa semelhante desde 2018), Purina e Great Place to Work vão aderir ao movimento.
De acordo com Ana Cecília de Paula e Silva, head de Marketing e Comunicação Institucional da Petz, o projeto já nasceu com a proposta de ser um movimento em prol da conscientização sobre o bem-estar animal e a adoção responsável. “Percebemos uma reação muito positiva de mais empresas, que entraram em contato conosco para obter mais informações, interessadas em também implantar o benefício. Quanto maior a adesão, maior o número de pets bem acolhidos nos primeiros dias de adoção – e essa é a nossa maior expectativa”, afirma.
Na Petz, o benefício funcionará da seguinte maneira: ao realizar a adoção de um cão ou gato, o colaborador notifica o RH da empresa e apresenta as documentações para usufruir os dois dias livres para cuidar do pet. Cada companhia que aderir ao programa estabelece como funcionará a sua própria mecânica.
O projeto, idealizado pela agência Ogilvy Brasil, tem ainda um filme manifesto que celebra a importância do cuidado com os animais e um site com informações para o tutor. “Disponibilizaremos muito conteúdo, como adaptações importantes e as particularidades entre cães e gatos, informações sobre a importância do check-up e prevenção de doenças, ideias de brincadeiras e até checklists para tutores sem tanta experiência. Também nos colocamos à disposição do RH das empresas para dúvidas que possam vir a surgir no decorrer da implementação da licença. A conversa e o diálogo serão constantes e principalmente a troca de aprendizados”, explica Ana.
Adesão
O convite a outras empresas foi feito pelas redes sociais, com a Petz chamando marcas de diferentes segmentos e até concorrentes. A Vivo foi a primeira a aceitar. Recentemente, a marca anunciou o projeto Vivo Pets, que utiliza a plataforma de relacionamento com os clientes Vivo Valoriza para promover a adoção consciente.
Já no segmento de pets, estão participando a marca de acessórios Zee.dog, e as de alimentos Purina e Royal Canin, que possui licença semelhante desde 2018 no Brasil. Carlos Martella, diretor de Marketing da Royal Canin Brasil, afirma que o objetivo é ter cada vez mais adoções. “Para que seja saudável desde o início a dedicação de um tempo de qualidade para recepção e adaptação do novo pet em casa faz toda a diferença. Além disso, o novo tutor também necessita cuidar da saúde do animal e ter esse tempo para a ida ao veterinário, por exemplo, faz toda a diferença”, conta.
Outra participante, a consultoria Great Place to Work agora amplia o leque de benefícios aos seus 100 funcionários: hoje a empresa oferece licença-maternidade de seis meses, podendo emendar um mês de férias, e licença-paternidade de um mês. O mesmo período de licenças vale para mães e pais que optam por adoção de crianças.
Lilian Bonfim, diretora de recursos humanos da consultoria, explica que a decisão partiu de alguns pontos. Um deles é que com a pandemia, a empresa percebeu o aumento da adoção de pets. “Essa licença ajudará na adaptação no novo lar, que deixou de ser apenas lar e virou também escritório. Uma ambientação bem feita é um ganho para todos. Além disso, há vários estudos que apontam a relação direta entre a convivência com um pet e o impacto positivo no bem-estar geral, incluindo a saúde mental, um pilar que vem ganhando atenção especial nas empresas”, afirma.
Na avaliação de Márcio Fritzen, diretor executivo de criação da Ogilvy, o movimento reflete a importância dos animais de estimação na vida das pessoas. Ao mesmo tempo, reforça o papel das empresas no fomento a saúde mental quanto no respeito aos animais. “Estamos vivendo a introdução dos pets às famílias. Se no passado eles ficavam no quintal, hoje estão com a gente no sofá. Antes eles eram nossos melhores amigos, hoje são também filhos. Nesse contexto, a Licença PETeternidade faz todo sentido porque não basta decidir pela guarda, é preciso oferecer condições para as pessoas nesse momento”, afirma o criativo.
A ação integra outras iniciativas da empresa, como o Programa Adote Petz, que conta com mais de 90 ONGs e protetores homologados. Criado em 2007, ele está em 55 cidades brasileiras atingiu 50 mil adoções. Ana comenta a relação com a Ogilvy, que atende a conta desde 2017 e fez diversas ações relacionadas ao programa. “Prezamos por uma relação com parceiros que entendam do nosso negócio e do nosso propósito em profundidade. Quando essa conexão acontece, boas ideias e campanhas surgem como consequência. Nossa relação com a Ogilvy segue esse racional, e dessa parceria nascem ações que comunicam nosso propósito.”
FICHA TÉCNICA – Licença PETernidade Petz
Agência: Ogilvy Brasil
Cliente: Petz
Campanha: Licença PETernidade
Produto: Adote Petz
CCO: Félix del Valle
Diretor de Criação Executivo: Márcio Fritzen, Daniel Schiavon, Gabriel Araujo
Head of Art: Ricardo Leme Lopes
Diretor de Criação Associado: Diego Wortmann, Guilherme Moreira
Redator: Guilherme Moreira, Lucas D. Negreiros, Arianne De Gennaro
Diretor de Arte: Diego Wortmann, Pedro de Gouveia, Gabriela Pimentel, Jessica Costa, Lico Gasparian
Atendimento: Denise Caruso, Priscilla Gonçalves
Diretora de PR: Danubia Paraizo
Ilustração: Zuza Avelino
Motion: Bruno Delacerda
Producer: Henrique Coleti
Aprovação do Cliente: Ana Cecília de Paula e Silva, André Luís Marinho, Ana Beatriz Ferman