O Festival de Cannes tem uma dinâmica nova em sua edição 2018, com menos dias, inscrições e, com grande probabilidade, menos Leões. Um pouco desse tom já pode ser percebido nesta segunda-feira (18), quando foram premiados  os vencedores das categorias Pharma, com 23 troféus, e Health & Welness, com 39, além de anunciados os shortlists nas categorias Mobile, Design, Print & Publishing, Radio & Audio e Outdoor.

Conforme fontes da organização do festival ouvidas pela reportagem, já é dado como certo o número reduzido de Leões, o que deve impactar os resultados, inclusive, do mercado brasileiro. Dois são os fatores principais para isso, segundo eles: a queda de 21% no volume geral de inscrições para o evento, que foi de cerca de 41 mil peças para 32 mil.

A outra questão é a regra nova em que uma peça pode ser inscrita em apenas 6 categorias. Pese-se o fato de que esse limite vale para cada “track” do Festival, ou seja, é possível exceder o  total desde que as campanhas concorram, por exemplo, em categorias pertencentes aos diferentes “tracks”: Reach, Communication, Craft, Experience, Innovation, Impact, Good, Entertainment, Health. 

Na prática, o que já se viu foram quedas de números de Leões em Pharma, de 25 ano passado para 23 neste ano, e, principalmente, em Health & Welness, de 65 contra 39.

Os shortlists também já trazem algumas impressões nesse sentido, pelo menos para os brasileiros: em Print & Publishing, o país teve 38 shortlists contra 67 do ano passado. Um número que impressionou brasileiros no Palais foi o total de finalistas na categoria Print: apenas 171. Em Rádio, houve uma grande queda de 14 shortlists brasileiros para apenas um. “A semana está apenas começando, claro, mas já deu para perceber que a bonança acabou. Isso pode tornar a conquista de um Leão algo mais especial, voltando um pouco a como era antes”, resume Fabio Seidl, diretor executivo de criação da VML Nova York.

Ale Oliveira

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