Alê Oliveira

Destino de grandes produções globais de publicidade devido ao conjunto e proximidade de locações, o Brasil quer continuar atraindo produtoras, diretores de cena e agências de publicidade para consolidar projetos de audiovisual no país.

A FilmBrazil, braço da Apro (Associação Brasileira de Obras Audiovisuais), mais uma vez está no Cannes Lions Festival Internacional de Criatividade participando com ações para chamar a atenção do mercado global para o trabalho de produção do país.

A entidade é uma das principais patrocinadoras do evento e ocupa com um mega banner, ao lado de gigantes como a FCB e Accenture, por exemplo, a fachada do Palais des Festivals de Cannes.

A peça tem como tema “Brazil. A great habitat for film production”, criação da F/Nazca Saatchi & Saatchi. Confira a entrevista de Marianna Souza, diretora da FilmBrazil.

Divulgação

Como vai ser a participação no Cannes Lions 2018?

O Projeto Filmbrazil segue como um dos parceiros internacionais do Festival. Além do apoio à categoria Film Craft, asseguramos o espaço da fachada do Palais des Festivals. Além disso, teremos uma ativação de marca no espaço do Little Black Book (na La Plage Croisette Beach).

Qual é o tema da campanha?

“Brazil. A great habitat for film production”. A campanha reforça a excelência da nossa estrutura de produção e o diferencial do talento profissional brasileiro, trazendo bastante luz para o aspecto humano. Tem como mote principal a representação dos equipamentos técnicos/ audiovisuais em animais em seus habitats naturais, mostrando assim nosso ecossistema completo e autossuficiente de produção.

O aproveitamento é multiplataforma?

Sim. A campanha contará com o apoio de mídia digital.

Terá desdobramento  live?

Não. Este ano decidimos mudar a fórmula.

Qual é o propósito do Film Brazil este ano?

Como nas últimas edições, trabalhamos fortemente atributos ligados à nossa criatividade. Este ano decidimos investir no lastro, reforçar os atritos de entrega e qualidade técnica. Vamos destacar sobretudo a estrutura de produção que o país oferece.

Quais ações B2B vão nortear o Film Brazil no Cannes Lions 2018?

Este ano unimos força com o Little Black Book (veículo britânico de grande prestígio internacional no mercado publicitário). Eles todos os anos alugam esse espaço na praia em Cannes e convidam algumas empresas parceiras para participar da ação. Durante a semana do Cannes Lions (18 a 22 de Junho), será promovida uma série de encontros na praia, visando fomentar o relacionamento com o mercado internacional. Além disso, a praia também serve como ponto de apoio para reuniões de negócio das nossas produtoras. Na parceria com o Little Black Book, ainda teremos um Evento do Brasil, que será realizado no dia 19 de Junho (terça-feira), entre 16h e 18h. Estamos levando como atração musical o DJ Paulo Beto, também conhecido como Anvil Fx.

A Apex continua como parceira?

Sim. Renovamos no início de 2018 nossa parceria com a Apex-Brasil por mais dois anos.

Qual é a expectativa sobre a delegação brasileira?

Participam este ano do Festival 32 produtoras brasileiras com o apoio do Projeto FilmBrazil.

O mercado brasileiro fecha muitos negócios em Cannes? Teria uma estatística com dados de 2017? E Quais trabalhos?

Sim. Cannes continua sendo a nossa principal ação no calendário anual. Trata-se da ação que concentra o maior número de empresas, onde mais investimos em comunicação e imagem. De acordo com levantamentos internos, a campanha em Cannes ano passado contou com: 25 empresas participantes; montante de US$ 1,7 milhão gerados logo após o evento; mais de 6,1 milhões impressões e 7,2 mil interações no Twitter.

Como está a reputação da produção publicitária brasileira no mercado externo?

O setor vem sofrendo ao longo dos últimos anos com toda instabilidade que nosso o país atravessa nas áreas econômica e política. Do ponto de vista dos itens positivos da nossa pauta, podemos destacar hoje 1) o retorno do preço atrativo (equalização do câmbio) e a queda na demanda, que acabaram reduzindo os custos de produção no Brasil; 2) Diversidade étnica e de locações continuam sendo o maior atrativo do País.