O Brasil conquistou nove Leões em Cyber, dois a mais do que no passado, e dois deles geraram debates acalorados no júri, especialmente “Palavras Mágicas”, da AlmapBBDO para a HP, que no fim conquistou o único Leão de ouro brasileiro na área.

Segundo Igor Puga, vice-presidente de inovação da DM9DDB e jurado da premiação, a campanha da AlmapBBDO que tem como conceito central a produção de um livro “escrito” por analfabetos por meio da tecnologia de captação de discurso da impressora HP Ink Advantage Ultra 4729da, foi praticamente ignorado pelo júri em determinado momento. O trabalho esteve no limite da nota que acabaria deixando a ação como um bronze mal colocado ou mesmo um shortlist.

Foi Igor Puga quem pediu uma maior atenção para a iniciativa. “Às vezes, quando um trabalho é inscrito em várias categorias, os jurados começam a analisar menos por acharem que já viram tudo o que tinham que ver. Além disso, jurados europeus não têm a mesma sensibilidade para o tema do analfabetismo por não conviverem com o problema”.

Desta maneira, Puga decidiu usar o direito que cada jurado tem apenas uma vez no processo de escolha e solicitou o “push”, que é um pedido de revisão do trabalho. Neste momento, a presidente,  Chloe Gottlieb, da R/GA, colocou o case em evidência e os demais jurados avaliaram que era justo colocar “Palavras Mágicas” em um patamar mais alto. De shortlist, a campanha da AlmapBBDO subiu para Leão de ouro e teve uma pontuação que pode até mesmo ser analisada para Grand Prix. (Veja os vencedores dos dois GP da área)

A outra ação brasileira que motivou debates e foi inclusive citada na coletiva de imprensa pela presidente do júri foi “Coleção de Livros para Crianças”, da Africa para o Itaú, que foi rediscutido a pedido de outro jurado, mas não houve consenso e o trabalho acabou sendo mantido como bronze.

No total, o Brasil conquistou nove Leões. 

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