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Com o propósito de traçar um panorama sobre a realidade, estrutura e desafios do marketing no Brasil, a Resultados Digitais, em parceria com a iClips, promoveu pesquisa sobre a gestão das agências no país.

No total, o estudo entrevistou 627 pessoas: 50% deles se definem como agência de marketing digital, 28% como agência de comunicação e 21% como agência full service. Outras empresas se classificam ainda como consultorias de marketing e vendas e agência offline.

CRESCIMENTO DIGITAL

Para avaliar as principais mudanças do mercado, foram analisados os serviços que eram inicialmente oferecidos pelas agências nos primeiros seis meses de atividades versus quais são oferecidos hoje. De acordo com o material, o portfólio das agências mostrou ampliar a presença de serviços digitais, refletindo avanço de um modelo mais full service. Temas como gestão e monitoramento de redes sociais e mídia digital foram destaques ao lado de marketing de conteúdo.

EQUIPES E IDENTIDADE

A pesquisa revela que a estrutura de equipe das agências de marketing é, em sua maioria, enxuta. 28% dos respondentes afirmam atuar com uma equipe de 1 a 4 funcionários, 16% têm de uma equipe de 5 a 7 colaboradores e 24% trabalham em um time de 10 a 20 funcionários. Apenas 3% dos participantes dizem atuar em uma equipe com mais de 50 funcionários.

Além disso, 47% dos entrevistados trabalham exclusivamente de forma presencial, enquanto 42% já desenvolvem suas atividades de forma mista e 9% realizam suas funções de forma remota.

Ao questionar se as agências têm uma definição clara de missão, visão e valores, 81% mencionaram que possuem pelo menos um desses pilares bem definidos. No entanto, 19% do público não possui nenhuma das opções, fato que é considerado pela Resultados Digitais como “preocupante”.

ESTRATÉGIA E PRECIFICAÇÃO

Outro dado reforçado pelo material é que apenas 18% das pessoas dizem investir maior tempo de trabalho em estratégias. De acordo com o estudo, “para estruturar a agência de forma sustentável é preciso que a liderança haja de forma direta na construção e sustentação da visão estratégica do negócio a curto, médio e longo prazo”. O alerta torna-se mais relevante quando somado às respostas de 148 agências que afirmaram não realizar projeções financeiras – sendo que 72 delas não sabem dizer qual é o seu lucro em projetos, o que representaria um risco para o fluxo de caixa.

Segundo o Raio X, o que 75% das agências mais levam em consideração na hora de precificar seus serviços são os custos da operação, que envolve ainda variáveis como custos de mão de obra, custos fixos mensais, impostos, investimentos em profissionais terceiros, dentre outros. Outros fatores que influenciam os valores cobrados são o tamanho do cliente e seu posicionamento de mercado e a margem de lucro desejada pela agência.

PRIORIDADES

A pesquisa destacou ainda que os três principais objetivos a serem conquistados pelas agências de marketing ainda em 2019 são aumento do número de clientes, execução de planejamento estratégico e maior monitoramento das métricas de negócio.

O estudo completo está disponível neste link.