No seu tradicional seminário no Cannes Lions, realizado há 15 anos consecutivos, a R/GA escolheu explanar seu conceito ampliado de “Creative Capital” (capital criativo), aplicado há alguns anos para ajudar startups a desenvolverem seus negócios a partir de sua divisão de Venture Capital, que já ajudou a criar 105 negócios, sendo que destes 94 continuam ativos. Participaram do painel Sean Lyons, CEO global da R/GA, Jess Greenwood, chief strategy officer da agência e Tiffany Rolfe, EVP e CCO da R/GA nos EUA. O conceito amplifica as possibilidades da criatividade para áreas que vão para além da Propaganda, do Marketing e do Branding – onde há “muitos peixes grandes nadando em uma pocinha pequena”.

“Se pensarmos as áreas de oportunidades que existem para o pensamento criativo como Experiência, Distribuição, Serviços, Produtos, Pessoas, Modelo de Negócios, há muito mais possibilidades hoje”, disse Jess.

Hoje a R/GA aplica o modelo que criou para ajudar startups a crescer – em troca de participação nos negócios – aos seus próprios clientes, usando princípios muito semelhantes, como o de que nem sempre a solução é uma campanha publicitária.

Os três princípios fundamentais da estratégia de Creative Capital da R/GA são: encontrar o problema real do cliente, saber implementar a solução (a qualquer preço) e focar nos resultados de longo prazo.

“Creative capitals significa focar em resultados de longo prazo e no que chamamos de Key Progress Indicators e que podem ser três: uma nova fonte de renda inesperada, a conquista de um novo grupo de clientes ou um futuro que não estava no horizonte.”, explicou Tiffani, que mostrou ao público alguns cases para o exemplificar a estratégia como o lançamento do “Air Jordan III“, da Nike  – que para o lançamento passou a entregar o produto em um dia em algumas cidades americanas via parceria com a empresa Darkstore -, a criação da marca Bubly sparkling water, e o lançamento do Samsung notes 9 entre gamers, através do avatar do game fortnite Galaxy Skin.