Para celebrar o Dia Nacional do Médico, o coletivo curitibano The Youth se juntou à agência de Nova York, The Bloc, na produção do curta-metragem Instant Doctor.

O filme mostra a evolução e digitalização da medicina e, como mesmo com eficiência e precisão nos diagnósticos, a forma de se relacionar com o paciente não substitui o cuidado humano.

Charles, interpretado pelo consagrado ator Fernando Alves Pinto, começa a se sentir mal em uma estação de metrô quando experimenta uma máquina de health care intitulada Instant Doctor.

A inteligência artificial interage com Charles, que recebe dois diagnósticos. Por não haver trato humano, o paciente se vê sozinho em meio a notícias conflitantes. “Precisávamos do vazio. Nós precisávamos de isolamento. O que não está no filme é ainda mais importante do que o que está nele”, aponta Bernardo Romero, CCO da The Bloc.

“O lugar natural para um projeto como esse é mostrar o heroísmo dos médicos e mostrar o sorriso de pacientes satisfeitos”, aponta Romero. “Decidimos fazer o oposto. Nós nos perguntamos como seria a assistência médica sem a inteligência emocional e a empatia dos médicos”.

Instant Doctor é apresentado pela Tribute, plataforma digital pensada para compartilhar gratidão. A marca, no entanto, só aparece nos créditos. Segundo Romero, o intuito da peça é agradecer aos médicos por sua dedicação e compaixão e “não é um verdadeiro” obrigado “se for sobre uma marca. Este filme não é sobre nós, é sobre eles – os profissionais de saúde que dedicaram suas vidas às vidas de outras pessoas. E embora este filme tenha sido criado muito antes da pandemia, nunca foi tão relevante”.

O filme foi gravado no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. Originalmente, o espaço não tem metrô. “O local é na verdade o hall de entrada de um museu. Tínhamos em mente a ideia de que o futuro próximo é apenas uma versão ampliada da nossa realidade hoje. Com algumas inovações tecnológicas, mas principalmente apenas uma ligeira evolução do que já existe em 2020. Concluímos que filmar em uma estação de trem real exigiria demais e não tínhamos tempo ou recursos. Precisávamos de um local que parecesse muito moderno, com linhas simples, que desse esse sentimento [futurista]. Este museu projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer foi perfeito para nós”, aponta o coletivo The Youth, formado Eduardo Lubiazi, Yuri Maranhão e João Machado. A direção é de Diogo Gameiro.