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Após um hiato de aproximadamente seis anos, a Lobo reabriu uma unidade operacional em Nova York no ano passado e a estratégia está garantindo bons resultados à produtora, que tem como sócio o executivo Luis Ribeiro, que já atuou para a FilmBrazil e a Framestar. A animação é assinada pela BBDO/NY para o projeto Autism speaks, com direção de Guilherme Marcondes, que assegurou dois Leões no Cannes Lions do ano passado.

A reativação do escritório nos Estados Unidos tem a ver com a retomada da economia local, que comprometera o núcleo após a crise do Lehman Brothers, em 2010. A média anual chega a 20 projetos, como a recentíssima campanha para a Panynj (Port Authority New York New Jersey), a autoridade que cuida dos transportes marítimos e terrestres da cidade de Nova York. A ação é para mostrar a ampliação da altura de uma das pontes para permitir o tráfego de navios. O detalhe é que a execução não vai parar o trânsito de carros.

“Também trabalhamos para a Y&R/NY, Deutche de Los Angeles, em projetos para a Taco Bell e com a Ogilvy de Chicago. Além das nossas iniciativas, contamos com apoio da FilmBrazil, através de seus roadshows como o que está programado para o SXSW deste ano”, explica o sócio e diretor Mateus de Paula Santos.

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O foco no mercado externo faz parte da história da Lobo. Mateus já dirigia videoclipes para bandas rock da Europa e realizava trabalhos para a Diesel nos anos 2000. O volume captado fora do país impacta em cerca de 30% do faturamento, como explica o CEO Sérgio Salles. A meta em dois anos é elevar para 50% o volume das produções da Lobo no exterior. “A variável do câmbio é sempre motivo de preocupação. O ideal era o dólar se manter em R$ 3,50”, diz Salles. “Somos uma produtora full service, mas nos EUA somos solicitados apenas para animação”, acrescenta Mateus.

A Lobo é representada na Europa e no Japão pela Grand Control, do produtor Michael Stanish. “Estamos envolvidos em uma ação em Tóquio para a Coca-Cola com criação da Dentsu”, observa Mateus. Para a TBWAParis trabalha há três anos para o McDonald’s nas campanhas do Happy Meal (McLanche Feliz, no Brasil). A caixinha que abriga os brinquedinhos foi transformada num personagem que interage com os personagens de filmes como Alvin e os Esquilos ou Batman, por exemplo. Já trabalhamos há três anos, inicialmente apenas para a América Latina, mas agora estamos envolvidos na Europa e Ásia”, diz o sócio Alberto Lopes. “Só não produzimos para Inglaterra e EUA”, finaliza.