Publicidade perde Petrônio Corrêa
O publicitário Petrônio Corrêa, um dos mais importantes nomes da publicidade brasileira, faleceu neste domingo (1º), em São Paulo, por volta de 12h30, no Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Ele tinha 84 anos de idade e enfrentava uma doença com complicações renais. Gaúcho da cidade de São Sepé, Corrêa nasceu em 28 de dezembro de 1928. O corpo de Petrônio será velado nesta segunda-feira (2), no Cemitério Gethesemani, em São Paulo, onde também será sepultado às 17 horas. O velório tem início às 7 horas.
Petrônio Corrêa é fundador de uma das principais marcas do mercado publicitário brasileiro, a MPM, juntamente com o sócios Luiz Macedo e Antonio Mafuz, nascida em Porto Alegre em 1957. Nos anos 60, a agência se fortaleceu no mercado nacional, concentrando suas operações em São Paulo, e iniciou uma trajetória de liderança com contas de grandes anunciantes do governo federal e da iniciativa privada. Em 1991, a MPM foi incorporada pela Lintas, em um dos maiores processos de fusão de agências no país. Posteriormente, a marca MPM foi comprada pelo Grupo ABC, do publicitário Nizan Guanaes, que chegou a utilizá-la em duas operações da holding. Atualmente, a marca MPM não está mais identificando empresas do ABC.
Corrêa também presidiu a Abap (Associação Brasileira da s Agências de Publicidade) entre 1979 e 1981 e participou da articulação para outras importantes associações do mercado publicitário, com destaque para o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), criado em 1981 e que contou com Petrônio como seu primeiro presidente, até 1988.
Em 1998, já desligado de funções executivas de agência, Petrônio assumiu o Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão), grupo ao qual esteve à frente da presidência executiva até 2009, quando assumiu o comando Conselho Consultivo, deixando a liderança executiva para Caio Barsotti. Corrêa ficou ligado ao Conselho Consultivo do Cenp até o último mês de julho.