PwC aponta que falta meio século para a equidade salarial
Pesquisas mostram que mulheres permanecem em uma posição consideravelmente menos estável
A PwC lançou duas pesquisas para marcar o Dia Internacional das Mulheres de 2024, comemorado nesta sexta-feira (8). Por meio dos dados apresentados nos estudos 'Women in work index' e 'Inclusion matters', a empresa concluiu que o progresso para a igualdade de gênero no ambiente de trabalho segue sendo um desafio.
Uma das informações que fez com que a PwC chegasse à esta conclusão foi que, segundo a 12ª edição do 'Women in work index', levaria mais de meio século para diminuir o gap salarial entre homens e mulheres em todos os países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Apesar de alguns progressos na última década, a análise deste ano revelou que ainda há um caminho longo a ser percorrido para o alcance da igualdade de gênero no trabalho em todos os cinco indicadores.
Entre 2021 e 2022, a maior parte da melhoria em toda a OCDE foi impulsionada por um aumento na taxa de participação feminina na força de trabalho (de 70,8% para 72,1%), além de uma queda na taxa de desemprego feminino (de 6,4% para 5,3%).
No entanto, o gap salarial médio entre homens e mulheres na OCDE aumentou de 13,2% para 13,5% durante esse período, o que mostra que, apesar de uma maior participação, as mulheres permanecem em uma posição consideravelmente menos estável em termos de retorno ao mercado de trabalho, em comparação com os homens.
Desde a criação do 'Women in work index', em 2011, o gap salarial entre homens e mulheres tem sido o indicador que mais demora a apresentar melhora, diminuindo apenas três pontos percentuais entre 2011 e 2022 em toda a OCDE.
Em relação às percepções das mulheres no ambiente de trabalho, a pesquisa 'Inclusion matters' da PwC apontou que apenas 39% das mulheres sentem que são financeiramente recompensadas de forma justa pelo seu trabalho.
A análise também concluiu que a inclusão está positivamente relacionada com o desenvolvimento autônomo e mulheres que se sentem mais incluídas têm 1,7 vez mais probabilidade de procurar ativamente oportunidades para aprender e desenvolver novas competências.
"Os resultados destas duas pesquisas demonstram o longo caminho que ainda temos pela frente rumo à equidade de gênero. No Brasil, observamos que o mercado acompanha as tendências globais. Aqui na PwC Brasil acreditamos que a inclusão é essencial para impulsionar o progresso rumo à equidade de gênero e trabalhamos para isso, um exemplo é o lançamento da quinta edição do WiL (Women in leadership), nosso programa que contribui com o desenvolvimento de carreira de nossas lideranças femininas", afirmou Lia Fonseca, sócia da PwC Brasil e líder para questões de equidade de gênero.