"O Astro" tem estratégia transmídia
Uma mescla do universo do cinema com a arte contemporânea. É assim que Paula Trabulsi, sócia e diretora de cena da BossaNovaFilms, define seu primeiro longa – “Astro – uma fábula urbana em um Rio de Janeiro mágico”, que estreia em circuito nacional no próximo dia 2 de novembro. “Arte contemporânea não é algo de acesso a todos. E por meio do filme, é possível curtir alguns artistas de forma bem abstrata. Também é uma homenagem ao Rio de Janeiro”, afirma Paula, que define sua obra como “totalmente despretensiosa”. “Não iremos concorrer a festivais de cinema. Mas em contrapartida estamos no Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro (iniciado no final de setembro e que vai até o próximo dia 11), em sessões ‘happenings’, onde em cada exibição o espectador irá encontrar também um artista que participou do longa fazendo intervenções ao vivo”,diz.
Além das sessões especiais, “Astro” prevê o lançamento de produtos e eventos relacionados à trama por meio de uma estratégia definida como “transmedia storytelling”. Caso do “Magical Rio Guide by Astro”, um guia turístico para celular desenvolvido a partir do olhar do estrangeiro, como se tivesse sido escrito pela protagonista do longa; seriado para TV e internet; ações de artes plásticas no bar Astor, em São Paulo e no Rio, além de um drink que leva o nome do filme; e um menu especial sueco-brasileiro no restaurante ChefVivi, na capital paulista.
Enredo
O filme gira em torno de Astro (interpretada pela atriz sueca Alexandra Dahlström), uma jovem que vem da Suécia ao Rio de Janeiro para receber uma herança e acaba tocada pelo afeto dos cariocas – especialmente sua amiga, Alice, papel da atriz Veronica Debom – e pela beleza da cidade. Ao mesmo tempo, o longa revela o trabalho de artistas de várias partes do mundo, que em paralelo à trama promovem intervenções, vídeo-arte e música, entre outras performances. O elenco ainda conta Claudio Cavalcanti, na pele do advogado “malandro” Dr. Ismael Salgado; Regina Duarte, a vizinha de Astro no casarão que era de seu avô, no Rio de Janeiro; e Odilon Wagner, o Henrique, um deficiente visual.
Para Paula, diretora de mais de 2,3 mil filmes publicitários ao longo de sua carreira, há diferenças entre dirigir um longa e um comercial de TV, mas o sentido é o mesmo. “O prazer de contar histórias é a mola propulsora que me move, independente do tamanho da peça”. “Astro – uma fábula urbana em um Rio de Janeiro mágico”, tem distribuição da Elo Company. A produção é da BossaNovaFilms, em associação com a Rojo, e tem como coprodutores a Asas da Imaginação e a Limite Produções. O filme conta com o patrocínio da Fiat, em cenas com o Fiat 500, e com a parceria da Banda Sonora, Locall e Mistika. O longa será exibido em salas de cinema e, depois, no SundayTV/Terra e nos canais Sony Entertainment Television.