Quebra de paradigmas
Uma parceria entre a Bordo Comunicação, Montenipper Productions, estúdio Beto Gatti, além daHouse Agency da Eco, propõe uma comunicação para quebrar tabus e ganhar uma fatia de mercado que atualmente é dominado por multinacionais. A protagonista da campanha é a atriz Flávia Alessandra; as grandes companhias são, por exemplo, P&G e Johnson & Johnson que detêm as marcas Always e Sempre Livre, respectivamente; o produto em questão é o Fleurity, marca norte-americana de coletor menstrual, que desde o ano passado está sendo fabricado e comercializado no Brasil pela Eco em conjunto com o Grupo Neo.
Trata-se de um coletor de silicone (hipoalergênico da Dow Corning)que tem como missão a quebra de paradigmas no Brasil, segundo Rafael Born, diretor da Fleurity e Carlos Dieter, diretor comercial e marketing da Fleurity. “É um assunto que é considerado tabu, principalmente por ser ‘automático’, a menina teve sua primeira menstruação e já começa a utilizar o absorvente. Nossa campanha é voltada a essa quebra de paradigmas. Focamos em mostrar as mulheres que o coletor é uma solução para se sentirem livres no período menstrual. Apresentamos as vantagens do produto, em relação àhigiene, economia, conforto, liberdade e sustentabilidade. É um trabalho crescente, em que o resultado virá a médio e longo prazo, mas já estamos colhendo ótimos frutos, visto que estamos no mercado a apenas oito meses”, explicam.
A comunicação sobre a marca teve início emoutubro do ano passado. A campanha de vendas, no mês seguinte, focada em conteúdos digitais, redes sociais e via assessoria de imprensa.O principal desafio do novo produto é conseguir convencer as mulheres a trocarem o absorvente comum pelo coletor.Para tanto os executivos apostam em Flavia Alessandra. “Idealizamos uma mulher que pudesse transmitir uma essência única, levando confiança e tranquilidade para o universo feminino”, afirmam os executivos. “É uma honra representar essa tendência mundial de cuidados femininos e poder mostrar novas possibilidades às mulheres”, afirma a atriz.
Ecológico, econômico, seguro e confortável, o produto quer deixar para trás o status de “novidade” para se firmar como o queridinho de mulheres das mais diferentes idades, apesar de hoje ter como consumidoras jovensentre 18-24 anos, lifestyle. “Como trabalhamos muito forte o mercado on-line, conseguimos segmentar muito bem nossas ações”, diz Carlos. O copo de silicone que chegou para competir com os absorventes externos e internos tem vantagem de ter a duração de 10 anos – durante a vida fértil, uma mulher usa entre 10 e 15 mil absorventes; a praticidade de passar até 12 horas sem precisar trocar; ser mais higiênico;não causa odor;além da promessa do fim das alergias e pruridos que costumam acompanhar o ciclo menstrual. Com preço médio de R$ 80, a meta é atingir 500 mil unidades vendidas até o final de 2017.
“O mercado de coletores ainda é muito pequeno, se comparado ao de absorventes.Obviamente, sabemos que temos um grande caminho para conquistar. Estamos trabalhando com e-commerce próprio, e-commerces parceiros, farmácias, médicos, entre outros. Chegamos com uma solução diferente e que cumpre o que promete, por isso acreditamos no crescimento rápido. Inclusive a Revista Fortune dos EUA, publicou recentemente uma matéria sobre cuidados femininos, tratandodeste que é um mercado nos EUA de mais de US$ 15 bilhões, e o produto alvo número 1 são os coletores, que vêm tomando todo mercado dos absorventes”, conclui Carlos.