Red Bull Racing faz pit stop em gravidade zero
Depois de registrar três recordes de pit stops numa só temporada, a Aston Martin Red Bull Racing precisava de um novo desafio. E os mecânicos da equipe foram provocados a trocar os pneus do carro de corrida em gravidade zero, a bordo de um avião.
Contando com a ajuda da agência espacial russa Roscosmos, a equipe levou o RB1 de 2005 ao Centro de Treino de Cosmonautas Yuri Gagarin.
“Não há nada que possa te preparar, por isso os nossos instrutores da Roscosmos nos disseram simplesmente para nos habituarmos à experiência. Não há uma sensação de ir para cima ou para baixo”, disse o mecânico Paul Knight.
“Estávamos todos como o Bambi no gelo no início, havia pernas por todo o lado”, brincou. “Percebemos como nos segurar e qual era a melhor maneira de lidar com as sensações. É uma experiência fantástica.”
A equipe de voo, do pitstop e os astronautas não foram os únicos na viagem. O time de produção também estava no set e teve de se preparar para o trabalho. O diretor Andreas Bruns levou a tarefa a sério e se preparou em montanhas russas.
“Fui com os meus sobrinhos a um parque de diversões para ver como as forças gravitacionais afetariam o meu corpo. Sendo honesto, todos ficamos verdes passado um tempo e levei um dia para me recuperar. A melhor abordagem que encontrei foi me assegurar de que me manteria ocupado durante os voos.”
Bruns dirigiu o projeto desde o storyboard inicial até a última edição. Após os desenhos iniciais, a equipe construiu um cenário semelhante ao do avião na Rússia para que a pit crew da RBR e os treinadores da Roscosmos pudessem praticar.
A equipe optou por fazer o desafio com o RB1 de 2005 ao invés de utilizar um carro contemporâneo. O carro de 2005 da Red Bull, que foi pintado para corresponder às cores atuais da equipe tinha várias vantagens sobre os seus sucessores.
“Levamos o RB1 porque é esbelto”, diz Marcus Prosser, diretor de marca e eventos, que aproveitou para voltar no tempo e pegar novamente nas ferramentas. “Construímos um cenário bastante complexo, no qual escondemos todos os rails para luzes e câmaras. O espaço era um luxo e ter um carro mais estreito nos deu um pouco mais de manobrabilidade dentro da fuselagem.”