Redes sociais transformam ato de ver TV sozinho em "coletivo"

 

Os participantes da comissão “As novas tecnologias e as novas fronteiras da mídia”, presidida por Luiz Fernando Vieira, da Africa e do Grupo de Mídia, estão apresentando, neste momento, seis teses que visam fortalecer o segmento. Além de profissionais do setor, como Flávio Rezende (DPZ), Daniel Chalfon (Loducca) e Paulo Camossa (AlmapBBDO), o painel conta com a participação de Fernando Chacon, diretor executivo de marketing do Itaú; e com o apresentador Luciano Huck, da Rede Globo.

Chacon destacou a relevância de uma das solicitações da bancada, que diz respeito à maior certificação e especialização dos profissionais de mídia, principalmente pelo constante aumento na pluralidade de canais. “Hoje não existe mais discurso, mas sim diálogo. E a percepção de uma marca vem do conjunto de sua aparição nos mais diversos pontos de contato. Por isso é cada vez mais relevante a existência de um profissional especializado e se atualizando. A medição para as mídias e a partipação das marcas em eventos, em patrocínio, são feitas por mais e mais ferramentas, que chegarão em breve para tudo e todos”, destacou o diretor do Itaú.

Huck aproveitou, além de sua presença já consolidada na TV aberta, seu sucesso em redes sociais como Twitter e Facebook, para fazer uma análise de como ferramentas até pouco tempo desconhecidas e até evitadas pelos grupos de mídia tradicional, hoje se mostram de extrema relevância. “Até alguns anos atrás, assuntos como o das redes sociais eram quase proibidos na Rede Globo, até porque ninguém sabia se e como elas poderiam ajudar. Hoje essas redes fortalecem demais a TV aberta. Elas transformaram o ato de ver televisão, mesmo quando é solitário, em algo coletivo”, ressaltou.

O apresentador também explorou a abordagem diferenciada para a presença de marcas nas mídias, tentativa cada vez mais frequente em seu programa, o “Caldeirão do Huck”. Acho que, no futuro, o que vai importar de verdade é o bom conteúdo, independentemente de como e onde isso vai ser distribuído. Modelos como os 30 segundos, os patrocínios, não tem grandes mudanças, tem espaço definido e limitado. Um desafio que estamos tentando fazer e colocar os produtos dentro do conteúdo sem ser ‘chapa branca’, invasivo e chato”, acrescentou.