Rentabilidade é desafio para agências, que vivem período de investimentos

Equilíbrio é chave para a manutenção da relevância em momento que engloba novos negócios, mas sem abrir mão da criatividade

Rentabilidade é assunto recorrente entre os agentes que gravitam em torno das disciplinas de marketing. O assunto fica mais sério quando há demora nos pagamentos, que exige fluxo de caixa planejado.

“Por isso, a busca por eficiência operacional, automação de processos e, sobretudo, valorização do que de fato gera valor — criatividade, estratégia e dados — se tornou inegociável”, enfatiza Carol Boccia, copresidente da BETC Havas. Em sua opinião, não se trata de uma equação linear e simples. “Meios tradicionalmente mais rentáveis estão perdendo share, enquanto os canais digitais — embora estratégicos — nem sempre oferecem a mesma rentabilidade.”

Equilíbrio entre investimento e receita permanece como pilar. Especialmente com a necessidade de estar  up to date com a demanda de estruturação interna com creators, por exemplo. Mais atualização tecnológica, automação processual etc.

A Made pretende elevar suas receitas em 18% neste ano, mas isso requer, nas palavras do CEO Alvaro Rodrigues, um primeiro semestre de foco e entrega. “Rentabilidade é um desafio real quando o mercado exige mais entregas, mais velocidade, mais formatos com orçamentos menores. Por isso, temos sido firmes na defesa do valor do nosso trabalho. Valor e preço são coisas diferentes. E esse é um tema que defendemos ativamente. A Made não concorre por ser mais barata. Concorremos por sermos mais relevantes. O cliente que entende isso permanece, cresce conosco e tem resultado”, observa Rodrigues.

A Execution está com seu Ebtida alinhado com o planejado e tem buscado incentivar a equipe, como esclarece o CEO Geraldo Rocha Azevedo, além dos investimentos em tech. “Acredito que, com uma melhora econômica e no índice de confiança, podemos esperar um crescimento do investimento em mídia ainda mais significativo de junho a dezembro. Lembrando que, em linha geral, nosso mercado tem uma sazonalidade que concentra quase 60% dos investimentos no segundo semestre. O mercado da propaganda responde muito rapidamente aos estímulos e aos humores do mercado”, atesta Azevedo.

Carol Boccia, copresidente da BETC Havas (Divulgação)

O segundo trimestre trouxe alento à operação da Lápis Raro com projetos para Cemig, Drogaria Araujo, Unimed-BH, Prefeitura de Belo Horizonte e Laticínios Porto Alegre (LPA). A CEO da agência, Grasiela Scalioni, explica que a busca pela rentabilidade ideal é o principal direcionador estratégico para 2025.

“O início do ano, como previsto, apresentou desafios que exigiram um plano de ação focado e ágil. Respondemos prontamente, revisando nossa alocação de recursos, otimizando custos e, principalmente, intensificando a busca por novas receitas, que já se materializam. Estamos certos de que as ações implementadas e as novas conquistas já nos colocaram na trajetória para alcançar rentabilidade acima de 10%, fortalecendo a saúde financeira da agência para um crescimento ainda mais sólido.”

Leia a matéria completa na edição do propmark de 7de julho de 2025