Já vem de alguns anos o movimento de reinvenção da CINE Cinematográfica, produtora hiperpremiada, que funciona em um lindo casarão na zona oeste de São Paulo, o mesmo ponto de encontro profissional desde a sua fundação, há 24 anos. Na liderança desde sempre, os empresários Clovis Mello, talentoso diretor; e Raul Doria, competente produtor; além de Cristina Vida, também habilidosa diretora, que chegou ao time societário em 2011. Essa trinca de talentos, que tem hoje entre 50 e 50 e poucos anos – nem todos gostam de contar a idade -, olhou para o passado, entendeu o presente e quer participar do futuro.

 Raul Doria explica: “A ideia é manter os pilares que nos trouxeram até aqui e passar para além daqui, reconhecendo que existe hoje uma força jovem, com habilidades que não temos mais. Tomamos banho e trocamos de roupa. Renovamos as equipes, trouxemos uma juventude para cá, que está fazendo muito bem para o astral da produtora”. Clovis Mello acrescenta: “O mercado absorve muito a minha imagem e a do Raul. Mas, com o advento do digital, a procura por novos diretores é natural. Estou vendo essa movimentação com bons olhos, um ajuste de rota para que a gente possa ter longevidade”.

Em outras palavras, seria uma nova produtora, ou uma produtora rejuvenescida, com oxigênio limpo, dentro dos pilares de uma casa tradicional que, segundo Raul, “oferece confiabilidade, transparência na gestão dos recursos do cliente e da agência, prazo de entrega, superação da expectativa pela qualidade”. Mais do que isso, a CINE conta com o plus de estabelecer relações longas. “Temos muitos clientes fiéis”, garante Raul. “Uma agência tem contrato de matrimônio com os clientes. A produtora é a amante. Se o cliente gosta, manda flores. Somos uma amante que cativa os parceiros e estamos em um relacionamento há 24 anos com várias marcas potentes. O ícone mais importante é Havaianas porque, nesse período, fizemos todos os cento e trinta e poucos filmes da marca. Há outros clientes, como Cacau Show e Bauducco, que nos acompanham desde a fundação e nos honram com essa lealdade.”

Clovis concorda e vai além. “Temos clientes de longa relação. Certos projetos pensam em mim, sou muito procurado e gosto de fazer publicidade. No entanto, os processos ficaram mais apertados porque o momento está chato, tudo foi ficando mais restrito, os custos, as verbas e os riscos. Isso acaba tolhendo o processo de criação. Apesar de empresário, sou  mais diretor.”

Não é novidade para ninguém que, por um bom tempo, o online foi produzido na rabeira do offline. Só que essa relação muda a passos largos e as demandas, se não foram invertidas completamente, estão se fortalecendo no digital – e são demandas altas, com muitos filmes publicitários para serem produzidos para cada um dos clientes. “O digital cresce muito. Talvez este ano tenhamos 50% offline e 50% online de produção no mundo”, afirma Raul. “É um trabalho muito diferente do offline. Por isso estruturamos uma equipe qualificada e a garotada está mandando muito bem”, completa.

Simpatia em pessoa, Cristina Vida, a Cris, 50 anos, fala que o entrosamento com os jovens tem sido frutífero. “A gente cresce com eles. Cada vez que um deles entra na minha sala para dizer alguma coisa aprendo mais. Já vivemos muita coisa e temos o que oferecer a eles, mas a troca é incrível.” Raul faz questão de dizer que Cris chegou à CINE como os novos talentos que agora estão aportando na casa. “Ela foi estagiária e rapidamente notamos que tínhamos um avião na mão. Cris é uma pessoa supercapaz, competente, organizada, talentosa. Trabalhou como assistente do Arnaldo Jabor, quando o trouxemos para cá, num momento em que o cinema nacional estava mal. Mas depois ela trocou o Jabor pelo Clovis, isso há 30 anos, e os dois desenvolveram uma parceria de anos, até quando ela tomou a decisão de dirigir sozinha e foi brilhante. Além de sócia na CINE, Cris é sócia na vida também. Você acha que uma pessoa que nasce com um nome desses veio aqui para brincar?”

 A moçada

O “garoto prodígio”, segundo Raul, é Baepi Pinna, 28 anos, diretor de cena, o mais novo em termos etários da CINE. “Ele está caminhando para ser um dos melhores diretores do Brasil, construindo uma carreira com rapidez, solidez e muita satisfação dos clientes”, diz o chefe. O rapaz ouve com um sorriso no rosto, para depois contar: “Estou aqui desde 2015, quando vim ajudar em alguns projetos. A CINE tem um excelente ambiente, todo mundo quer trabalhar aqui, onde existe um volume de trabalho grande. Minha adaptação com as pessoas da casa foi rápida e passei a ter uma proximidade grande com a Cris Vida”.

De projeto em projeto, Baepi conquistou um contrato que, ele conta, não tem um ano. “Minha fidelidade com a CINE foi construída. Não gosto de falar que faço filmes porque esse trabalho é feito por uma equipe grande. Não sou um diretor sozinho.” O jovem profissional é de Ilhabela, litoral de São Paulo. Chegou à capital do estado para estudar cinema na Anhembi-Morumbi com uma bolsa atleta – ele velejava. Mesmo assim, não conseguiu se formar porque houve uma mudança nos boletos da faculdade e ele ficou sem condições para pagar as mensalidades. “Comecei a trabalhar cedo, aos 17 anos.” Com a dificuldade financeira, ele optou por se formar como “trabalhador”.

 No momento, Baepi, nome de um dos picos de Ilhabela, vem conquistando clientes com filmes publicitários para marcas fortes do mercado automotivo. Esteve à frente, por exemplo, das filmagens de todos os carros da linha 2017 da Audi. O diretor de marketing, na época, até desconfiou que ele seria capaz. Mas mudou de ideia ao assistir à apresentação. Disse que “aquela era a melhor campanha de Audi já feita no Brasil”, diz Raul, com evidente orgulho. “Nunca imaginei que ia ter essa relação com carros. Não entendo de motor, potência, essas coisas, mas sei fazer filmes”, garante o diretor. Apesar do sucesso com máquinas, Baepi gosta mesmo de trabalhar com gente. “A campanha do Bradesco Seguros, aquela que diz ‘Vai que…’, sensacional, aliás, é dele. Ou seja, já ultrapassou a fronteira dos carros”, comenta Raul.

 

 A mais recente diretora de cena no time da casa é Luiza Villaça, também de 28 anos, um mês mais velha que Baepi. “Sou de março, ele é de abril”, diz, abrindo um sorrisão. A moça bonita chegou ao time há pouco mais de dois meses e conta que sempre foi ligada às artes por herança genética. “Dancei balé clássico a vida inteira, fiz teatro desde pequena e achei que seria atriz. Mas meu pai me disse que só artes cênicas não seria legal. Então, continuei estudando teatro no Célia Helena e fui fazer cinema na FAAP.”

 Antes de começar a faculdade, a sorte sorriu para Luiza. Seu tio, o diretor Luiz Villaça, a convidou para acompanhá-lo no set das filmagens de “O Contador de Histórias”. Ela participou dos trabalhos de figurino e, diz, aprendeu muito, o que a fez abandonar de vez a ideia de ser atriz. Dali para frente, não parou mais. Ainda na faculdade, tornou-se assistente fixa do tio na Bossa Nova Films, trabalhando com publicidade e séries de TV, onde permaneceu durante dois anos. Depois, quis rodar um pouco para conhecer outros diretores e passou a ser freelancer por mais de um ano até decidir voar para Nova York a fim de fazer uma pós em roteiro na New York University. Lá, trabalhou como assistente de longas e de filmes publicitários. Luiza está de volta ao Brasil há pouco mais de um ano, tempo em que se dedicou à codireção do longa-metragem-documentário ”Pagliacci”, realizado em um coletivo de cinco diretores. “Foi um projeto incrível.” Tão nova e com um currículo desses, não tinha como a CINE rejeitá-la.

Assim como Luiza, Ivan Abujamra também nasceu em berço artístico, só que ele não é tão novo quanto ela: está com 42 anos. Fotógrafo com mais de 18 anos de experiência, começou sua carreia como assistente do grande figurão da moda Mario Testino. Por suas andanças pelo mundo, fala cinco idiomas – francês, inglês, espanhol, português e italiano. “Conheço bastante o meio fashion e, a partir de certo ponto, passei a fazer meus projetos, e os primeiros foram internacionais.”

 

Por forte influência da irmã Ivy, também diretora de filmes publicitários, entrou nesse universo. “Fiz direção de fotografia para trabalhos dela e foi bacana essa transição porque quis estudar e ir a fundo no cinema publicitário.” Como diretor, atua há quatro, cinco anos; na CINE está há dois e se sente “privilegiado” por acreditar na empresa. “Grandes diretores nascem aqui”, diz. É diretor de cena, mas também atua na direção de fotografia e produz imagens de campanhas publicitárias. “Sou um fotógrafo de still autoral, algo que considero muito positivo porque tenho essa válvula de escape para produzir meus projetos.”

 

 Outro jovem promissor é Diego Rodrigues, de 29 anos. Apesar de ter estudado na Anhembi-Morumbi, ele afirma ser cria da CINE – está na produtora há dez anos. “Comecei montando apresentação para diretores, fazendo trabalhos técnicos, mas a casa entendeu que tenho um perfil mais criativo”, garante. De fato, de acordo com os novos créditos da produtora, Diego, que também opera no coletivo casa38estudio, evoluiu e tornou-se diretor de pesquisa e de digital. “No coletivo, produzimos videoclipes, fotos de moda, cultura negra e representatividade LGBT”, explica. “Faço com a Thais Lago e a Carmem Campos.” Mais uma vez, Raul elogia: “Esse é um trabalho só de arte mesmo e Diego traz para a CINE uma visão desintoxicada da propaganda, além de ter um feeling, uma sensibilidade grande para falar com jovens de maneira abrangente”.

 Filmes e mais filmes

A renovação e a reinvenção da CINE foram realizadas, segundo contam, no momento em que a produtora começava a alçar novos voos na área de conteúdo. No início desta década, a casa realizou trabalhos relevantes nesse sentido – o documentário de longa-metragem “Coração Vagabundo”, que conta os pensamentos e o cotidiano do cantor Caetano Veloso durante a turnê “A Foreign Sound” (premiado nos Festivais de Roma e Barcelona), o curta-metragem “Sildenafil” (premiado nos Festivais do Rio, de Miami e Toronto), e o documentário “Jair 30” (este em conjunto com a Som Livre).

Mas o pulo do gato ocorreu mesmo há três anos, quando foi lançado o longa de ficção “Ninguém Ama Ninguém…”, baseado na obra de Nelson Rodrigues e dirigido por Clovis Mello. “Com esse filme, estabelecemos a área de conteúdo na CINE, com estrutura e equipe. Antes, funcionávamos de forma diferente porque decidíamos fazer um projeto, reuníamos as pessoas e, quando o trabalho acabava, era tchau para todo mundo. Hoje temos um time que só faz isso, nem sabe o que está ocorrendo no lado da propaganda”, diz Raul.

 Foi nessa época que chegou à CINE Luciane Toffoli, diretora de conteúdo. “Raul e Clovis me convidaram para formatação desse projeto. Primeiro, analisamos as propostas que tinham vindo, fizemos uma curadoria desses projetos e abrimos para os criativos também mandarem roteiros prontos”, ela conta. A estratégia deu certo. No momento, Clovis está em filmagem da biografia de Divaldo Franco, professor, médium, filantropo e orador espírita de 91 anos, projeto em parceria com a Fox Filmes e a Luz Produções, do Ceará. “Estamos filmando em São Paulo e Salvador, temos um elenco enorme”, ela diz. Raul interrompe: “Divaldo é uma das pessoas mais interessantes que conheci na minha vida. As palestras dele reúnem centenas de pessoas porque as ideias dele abrangem todas as religiões”.

 Qual a expectativa da produtora com esse novo filme, com estreia prevista para o primeiro semestre de 2019? “Difícil dimensionar porque cinema, como Raul sempre diz, é uma caixa de surpresas. Nosso objetivo é atingir as pessoas de uma forma positiva, mais do que a bilheteria em si. É uma missão. Clovis e Raul falam muito sobre isso. Além de contar uma história de vida, que é muito bonita,  queremos que esse filme mova as pessoas para a caridade”, afirma Luciane. Raul acrescenta: “Na nossa rotina, acabamos nos esquecendo da compaixão, da caridade, de olhar para o próximo. Acho mesmo que esse filme é uma missão, um longa global e com uma missão de movimentar as pessoas para o bem.”

 Pelo que tudo indica, terminando este, a casa já começa a pré-produção do próximo, que deve ser uma comédia. Mas não uma comédia qualquer, eles dizem. “Vai ser uma que a gente sinta orgulho de ver. Esse é um projeto de longo prazo e isso foi o que gerou todo o processo de rejuvenescimento da CINE. Por isso queremos produzir uma comédia que seja interessante, que traga algo relevante para quem assiste, que toque as pessoas de alguma forma”, afirma Raul. Resumindo: a ideia é lançar um longa-metragem a cada 18 meses.

  Sem fronteiras

A intenção da CINE é clara: manter a produtividade publicitária, até incrementá-la, e aumentar a área de conteúdo. “Não tenho nem posso deixar que o faturamento da publicidade caia. É difícil produzir conteúdo sem fazer publicidade. Diria que é impossível porque conteúdo no ar o tempo inteiro não remunera. Temos um caminho pela frente, as séries vão ser negócios e não algo para satisfazer o exercício de diretores do mercado para um trabalho que não seja sob encomenda. É nesse ponto que estamos, com uma equipe que brilha em publicidade e o Clovis, considerado o melhor diretor de ator no Brasil, dedicando-se mais ao conteúdo, embora permanecendo na propaganda.”

 Em meio a tantas novidades, outro ponto se destaca: o mercado internacional. “Nunca tínhamos tentado buscar ultrapassar as fronteiras e hoje isso é frequente na casa. Cristina Vida está tocando vários projetos globais”, conta Raul. O responsável por abrir essa porteira na produtora é Federico Calabia, produtor-executivo internacional, que é uruguaio de Montevidéu, tem 40 anos de vida e quase cinco na Cine. “Nós conhecemos Fede no Uruguai, era nosso parceiros de filmes lá, onde recebia equipes do mundo inteiro. Temos uma empatia muito grande com ele”, afirma Raul.

 Com um sotaque bastante carregado, Fede fala que cuida da parte nacional também. “Fazemos os orçamentos dos projetos da casa e, especificamente, cuido dos internacionais que, na verdade, está tudo hoje bastante misturado por causa da globalização e das facilidades de comunicação.” Ele explica que o Brasil tem uma lei que obriga a filmar no país. Para filmar fora do território nacional, paga-se uma taxa. Mas… “Como o dólar está caro, a grande maioria das campanhas está sendo feita aqui, por uma questão legal e também porque acaba sendo mais barato.”

Fede avisa que o mercado internacional é muito dinâmico e é preciso vasculhar locações e pesquisar custos. “A logística brasileira não é a ideal devido ao tamanho das cidades, ao trânsito, enfim, questões que não são perfeitas, mas a questão financeira fala mais alto.” Além disso, o país possui um mercado publicitário importante. “O Uruguai é muito pequeno. Para transferir uma produção inteira para lá deve ser uma opção de locação, não um beneficio financeiro”, ensina.

Por falar nisso, não seria arriscado entrar pesado na área de conteúdo neste momento de crise duradoura no Brasil? “O risco existe, mas é absolutamente necessário investir nesse campo porque a forma de se comunicar com o consumidor também está cada vez mais virando conteúdo e entretenimento. Quem não estiver contando histórias, quem ficar apegado à publicidade clássica, não vai sobreviver. É preciso saber como contar bem uma história, como prender a atenção do consumidor, como levar algo relevante para os consumidores. E só faz isso bem quem produz conteúdo constantemente porque essa pessoa está sentindo a temperatura das coisas que estão acontecendo. Queremos estar nisso, mas também é fundamental para o futuro da propaganda.”

 Do set de filmagem para a biografia de Divaldo Franco, Clovis desabafa. “O fato de a sociedade ser mais politicamente correta hoje tira um pouco da diversão de fazer publicidade. Um tempo atrás, os intervalos eram mais divertidos do que agora porque a propaganda está ligada a esse conceito do politicamente correto. As filmagens de um longa são cansativas, tem uma coisa de funcionário público porque tem hora, rotina. Na propaganda, é mais livre. Por outro lado, fazer filmes é mais autoral. Tirando a rotina, sinto muito prazer em participar desse trabalho.”

Com 57 anos de idade, Clovis afirma não ter ficado velho em suas filmagens. “É só ver os filmes de Havaianas, que têm uma autenticidade de quem está vivendo a vida, de um olhar engraçado para ela. Meu humor é muito brasileiro, tenho a preocupação de produzir com a cara do Brasil, com a gente e a cor do país. O povo sorri. Só tem crise na elite, não se vê tristeza nas favelas. Lá tem ralação, dureza. Tristeza só na classe média, que paga a conta, e na elite. Meu trabalho é focado nesse cara que luta, que trabalha duro, mas é alegre”, diz o diretor. Sobre as próximas eleições, Clovis é taxativo: “Não dá mais para olhar para direita nem para a esquerda. Temos de olhar para a frente. Eu acredito no trabalho, na força do trabalho. Precisamos aprender a votar”.

 Como toda empresa, a CINE precisa avaliar custos, receitas, lucratividade, essas coisas. Mas quem define melhor os objetivos da produtora é Cris Vida, que já completa 30 anos na casa. “A base de nosso trabalho não é o dinheiro. Queremos fazer direito, com responsabilidade, mas temos um pensamento por trás disso, que é o ser humano. Temos de estar juntos nessa construção. Trabalho muito, mas o trabalho e a equipe me alimentam. Gosto de gente, de entender o que uma situação vai me contar, o que aprendi muito com Clovis, que tem um trabalho autoral, não é um diretor de referências, chega e vai resolver a situação. Eu sou mais estudiosa, penso, fico matutando e, quando entro, sei que ali vai precisar uma adaptação e é nessa hora que a brincadeira acontece. Por isso ainda estou no jogo. ”

Raul arremata: “Todos nós combatemos permanentemente a vaidade, porque o maior inimigo de um artista, de um fotógrafo, de um diretor é o ego. A época do salto alto na propaganda passou. Hoje o que se vê é uma juventude unida. Não existe nada no cinema que alguém faça sozinho”. Cris continua: “O principal, aliás, é formar essa equipe, o diretor, o figurinista, o fotógrafo, montar essa turma e intermediar o que é realizado pelo caminho. Mas é importante dizer que a CINE vem formando gente para o mercado há tempos. Muitas pessoas de diversas áreas, produção, direção, saíram daqui. De fato, a CINE é um lugar que tem a característica de acolhimento de uma escola”. Pelo visto, os jovens da produtora têm muito o que aprender com essa liderança. Aproveitem, meninos.