Revistas femininas da Abril se unem em “Nossa Felicidade”

Discutir o valor do trabalho, do dinheiro e da vida pessoal para a mulher brasileira é o principal objetivo do movimento “Nossa Felicidade”, encabeçado pelas revistas femininas Claudia, Lola, Nova e Elle, da Editora Abril, e pelo HSBC. A iniciativa visa começar um diálogo com as leitoras por meio de enquetes, que desembocam em uma grande pesquisa online.

As edições de junho das revistas já publicaram a primeira pergunta: o que vale mais a pena, ganhar R$ 20 mil por mês ou chegar mais cedo em casa? As respostas a essa questão e outras enquetes, que serão lançadas até agosto, subsidiarão a produção de conteúdos especiais para o site MdeMulher e para as revistas femininas da Abril.

Segundo Paula Mageste, diretora de redação de Claudia, título que lidera o movimento, “a relação das mulheres com as finanças está se transformando rapidamente, já que agora elas podem construir um patrimônio que viabiliza sonhos e estão aprendendo a fazer isso”. Para ela, o movimento tem como objetivo destacar esse novo papel feminino na sociedade e no mundo do trabalho, já que há um número crescente de mulheres chefiando famílias, conquistando melhores cargos e salários, tendo sucesso em iniciativas de empreendedorismo. De acordo com Paula, a meta desse projeto é impactar cerca de 17 milhões de mulheres em 4 meses, considerando os sites e as publicações impressas. “Vamos trabalhar também as redes sociais de nossas marcas.”

Renata Petrovic, diretora de marketing pessoa física do HSBC, disse acreditar muito no projeto. Segundo ela, as novas gerações estão cada vez mais interessadas em encontrar um equilíbrio entre o trabalho e a felicidade. “Debater esse tema com a mulher é nossa estratégia”, afirmou. Segundo a executiva, o objetivo do HSBC em participar desse movimento é posicionar o banco como referência para mulheres na gestão de patrimônio. “A ideia é divulgar nossos produtos e aproximar a instituição do público feminino”. Ela contou que a mulher nunca foi um foco específico do HSBC, mas que existe uma grande oportunidade e é preciso estar atento. Renata ressaltou ainda que esse é um target que evoluiu muito e o mercado financeiro ainda não conseguiu se aproximar como deveria.

Para Paula, é muito importante contar com novos parceiros e perceber que o setor financeiro está pensando sobre dinheiro de uma forma ampla e contemporânea, levando em conta essa nova mulher e os aspectos objetivos do planejamento e da administração de patrimônio, além dos sentimentos e das motivações com as quais tudo tem que se relacionar.

Além das pequisas e da produção de conteúdo, todas as questões envolvendo o movimento também serão tratadas no fórum “Nossa Felicidade”, que será realizado no próximo dia 6 de agosto. O evento contará com a presença de 200 mulheres influentes do Brasil, entre elas, executivas, empreendedoras e pensadoras de diferentes gerações.

Um dos destaques será Liza Mundy, jornalista do Washington Post e escritora, que estuda as questões do gênero há mais de 20 anos. Seu mais recente livro, “O sexo mais rico”, que será lançado em agosto no Brasil, aborda o impacto do crescente número de mulheres no papel de provedoras na sociedade americana. De acordo com a publicação, a porcentagem de casais em que elas ganham mais do que os maridos chega a 40%. Daqui a uma geração, haverá mais lares sustentados por mulheres que por homens.

Todos os debates e palestras do encontro vão abordar ideias sobre o significado do dinheiro para homens e mulheres, suas repercussões na vida familiar e amorosa e novas possibilidades de modelos de trabalho, tanto nas corporações como fora delas.