Rock in Rio: show de música ou de marcas?
Festival terá 130 ativações de 85 empresas e sete projetos cocriados
É de momentos inesquecíveis que vive o Rock in Rio. Freddie Mercury certamente se lembraria do coro entoado pela multidão em ‘Love of my life’, em 1985. O Queen foi uma das 16 bandas internacionais que dividiram o palco com 15 atrações brasileiras. Os shows atraíram 1,38 milhão de pessoas em uma área de 250 mil metros quadrados, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.
Após 40 anos, o festival contempla histórias cultuadas por gerações. Não à toa, a campanha que comemora a data é ‘Rock in Rio 40 anos e para sempre’. Lançado em 2023, o filme mostra a trajetória de um casal que se conheceu na primeira edição. Também o musical ‘Sonhos, lama e rock and roll’ saudou uma evolução que atravessa fronteiras. Presente em Lisboa (Portugal), o evento já passou por Madrid (Espanha) e Las Vegas (EUA).
A ligação emocional abraça marcas que dão show de engajamento e interação com a plateia esperada hoje na Cidade do Rock, na Barra da Tijuca, Zona Oeste no Rio de Janeiro, nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro. Os portões serão abertos às 14h. Cem mil pessoas são esperadas ao dia, capacidade máxima do local.
“Quatro dias já estão completamente esgotados”, informa Ana Deccache, diretora de marketing do Rock in Rio, que é administrado pela Rock World, empresa do grupo Dreamers responsável também pela produção do The Town. Do ingresso ao transporte, o evento não desafina na qualidade dos serviços e segurança. “Temos 176 bebedouros espalhados e permitimos garrafas de água. A gente sempre deu água para as pessoas que estão em filas ou em frente ao palco”, garante Ana.
Investida
Experiências nunca antes vivenciadas é a promessa empenhada por Itaú, Coca-Cola, Volkswagen, Natura, Heineken, TIM, Ipiranga, Doritos, Prudential, C&A, Seara e KitKat. Serão 130 ativações de um total de 85 empresas e sete projetos inéditos de comunicação cocriados com parceiros. “A expansão das marcas é medida pela recorrência e longevidade de parcerias históricas, que seguem se renovando”, esclarece Ana Deccache.
O aporte das marcas é crescente. Elas investem R$ 510 milhões e o Rock in Rio injeta outros R$ 500 milhões na produção. O montante inclui a aquisição do patrocínio, compra de mídia, brindes, além de ativações e comunicação específica do Rock in Rio. O impacto econômico deve atingir R$ 797 milhões, de acordo com cálculo da Fundação Getulio Vargas (FGV) citado por Ana.
“Boa parte das marcas afirma que o investimento é 20% a 30% maior”, complementa a executiva. O Rock in Rio gerou 265 mil empregos diretos e indiretos em 23 edições com mais de 3,8 mil artistas e 11,5 milhões de visitantes em 134 dias. Nas redes sociais, o alcance ultrapassou 64 milhões de pessoas apenas em 2022, que superou a cifra de R$ 2 bilhões em impacto econômico na capital fluminense.
Leia a íntegra da reportagem na edição impressa do dia 9 de setembro.
Crédito da foto no topo: Wesleu Allen/ Divulgação Rock in Rio