Leo Burnett reestrutura atendimento

A saída do sócio e COO da Leo Burnett Tailor Made Brasil, Pablo de Artega, que tornou-se CEO da Leo no México, acabou se transformando em uma oportunidade para repensar a estrutura de atendimento da agência e resultou na criação de quatro unidades de negócios. À frente de cada uma delas, os ex-diretores de contas promovidos a diretores-executivos de atendimento, André Silveira, Denise Milan, Elton Longhi e o recém-contratado Jeanlouis Gusiew, profissional francês que trabalhou nos últimos cinco anos na Ogilvy do Canadá. Os quatro comandarão o time que tem hoje 90 pessoas, entre São Paulo e Brasília, e se reportarão aos copresidentes Marcelo Reis e Márcio Toscani. Permanecem nas vice-presidências de planejamento e mídia, respectivamente, Marcello Magalhães e Fernando Sales.

Toscani diz que a intenção é abrir espaço para destacar novos talentos da agência, criando um ambiente de crescimento profissional. Segundo ele, não há a intenção de contratar, no futuro, um vice-presidente de atendimento.  “Optamos por este modelo de dividirmos em quatro unidades de negócios e ter os gestores da conta diretamente reportados à presidência por dois motivos. Por um lado, para promovermos e reconhecermos nossos talentos, dando a eles a chance de ascensão. E por outro, diminuindo hierarquias, possibilitamos a comunicação mais direta, a fluidez do trabalho e a agilidade na entrega do mesmo. Com isso, reforçamos nossa filosofia tailor made de atuar especificamente sob medida, na necessidade de cada cliente”, diz Toscani.

Ele explica que a divisão em quatro núcleos levou em conta conjuntos de contas com escopos de negócios semelhantes ou de acordo com suas necessidades e demandas. “No grupo do André Silveira, por exemplo, agrupamos as contas que têm um perfil maior de uma entrega em varejo, casos como Carrefour e Samsung. No do Elton Longhi, por sua vez, estão marcas com uma verve mais internacional, com exceção de Brasil Kirin, conta que já estava sob seu comando desde que entrou na Leo e que continua sob seu escopo devido a sua expertise, inclusive em experiências anteriores no mercado de cerveja”, explica Toscani.

Com Denise Millan está a FCA (Fiat Chrysler Automobiles), que, pelo volume de trabalho e tamanho, necessita de um núcleo específico. Já Philip Morris será atendida pelo francês Gusiew e ganhou seu próprio núcleo em função da peculiaridade do setor, que necessita de um modelo não tradicional, focado em ações de ativação, em trade marketing e áreas semelhantes.