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Um homem da periferia que vendia rodo para poder pagar os estudos. Crescer com uma história dessas, tão próxima, é um combustível.

É a lembrança de que para realizar sonhos é preciso arregaçar as mangas, assim como meu pai, seu Sergio, de quem herdei o mesmo nome, fez quando batia de porta em porta oferecendo a ferramenta de limpeza. Um incansável vendedor que tinha objetivos muitos claros.

As lições que eu fui aprender fora de casa, logo aos 16 anos, morando no Rio de Janeiro, também falavam sobre persistir, sobre correr atrás das oportunidades, e quando fui atrás da minha, aprendi a não me sentir intimidado com aqueles que já tinham viajado o mundo e desbravado tantos países.
Naquele tempo, o meu desbravar acontecia apenas diante de páginas de livros, revistas e jornais, hábito que até hoje mantenho.

Ser um deles era não deixar de ser aquele cara de infância humilde, mas uma constante tentativa de aprimorar o meu jeito de me vestir, portar, cortar o cabelo… insistências da inspiração Caio Mario Paes de Andrade, um dos caras que me ensinou tudo isso.

Não consegui terminar os meus estudos em tempo que a grana era curta, mas busquei todos os conhecimentos que poderia absorvendo na convivência dos mais experientes.
Viajei, vivi outras culturas e quando pude, me cerquei de gente talentosa e determinada, afinal o mundo hoje é feito de propósitos; quem não tem propósito fica à deriva.
E foi assim que construí minha carreira num mercado tão competitivo, lá se vão 23 anos dedicados à publicidade, envolvido com agências importantes, desenvolvendo soluções e estratégias para marcas relevantes no Brasil.
Estamos, globalmente, em constante adaptação e, quando me perguntam sobre crise, digo que momento de crise só se resolve de uma única forma: foco.
Você tem de encontrar um projeto, uma estratégia, colocar a sua energia nisso, quanto mais você desperdiçar tempo em projetos mirabolantes, mais em crise você vai ficar.
Quando fundei a AD.Dialeto, esse era meu norte: oferecer soluções. Objetivos claros funcionam como os primeiros passos de grandes empreitadas.
Assim segui quando criei a S8, Sampa, uma agência paulistana que nasceu nessa era digital e de intensa transformação nos hábitos de consumo.
Com DNA 360º, o conceito de “hands on”, as palavras de ordem para o time S8, Sampa são atitude e crescimento.
Depois de tantas vivências e mais de duas décadas no mercado publicitário, acho que na verdade o dinheiro é apenas um detalhe.
O tempo é a nossa maior moeda! Eu tenho uma rotina cronometrada, observo a vida de dez anos para frente, mas eu vivo o hoje. Intensamente.
Não fico esperando para fazer.
Desbravar é preciso!

Sergio Lima é CEO e sócio da agência S8, WoW