Skate brasileiro soma 47 milhões de fãs e atrai marcas de diversos segmentos
País ganhou 20 milhões de apaixonados desde 2019, segundo pesquisa da 213 Sports feita pelo Ibope Repucom com dois mil entrevistados
A skatista Rayssa Leal ganhou a primeira medalha de Ouro em skate street do Brasil nos Jogos Pan-Americanos, disputados em Santiago, no Chile, entre os dias 20 de outubro e 5 de novembro. A conquista veio no último dia 21, na Esplanada dos Esportes Urbanos, no Parque Estádio Nacional, ao lado de Pâmela Rosa, que levou Prata na mesma categoria. Lucas Rabelo venceu no street masculino e Raicca Ventura ganhou Prata no skate park. Augusto Akio obteve o mesmo resultado no masculino.
O desempenho dos atletas atrai torcedores e marcas. O Brasil ganhou 20 milhões de fãs de skate desde 2019, segundo pesquisa da 213 Sports feita pelo Ibope Repucom com dois mil entrevistados online. Os dados representam 110,5 milhões de internautas com mais de 18 anos nas cinco regiões geográficas.
Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2021, quando Rayssa voltou com uma Prata, ajudaram a fazer com que o skate desse um salto de audiência. Rayssa ainda é dona do título mundial da Street League Skateboarding (SLS), conquistado no ano passado. O encanto da Fadinha contribuiu para formar um contingente que hoje soma mais de 47 milhões de fãs e 5,5 milhões de praticantes no Brasil.
“O Comitê Olímpico foi muito assertivo na decisão de incluir o skate no programa dos Jogos Olímpicos a partir de Tóquio 2021. O rejuvenescimento que a modalidade trouxe se demonstrou no pódio. Momiji Nishiya conquistou Ouro com 13 anos, Rayssa Leal a Prata com 13 anos, e Funa Nakayama o Bronze com 14 anos. Isso atrai uma nova geração de entusiastas”, situa Pedro Dau de Mesquita, co-CEO e diretor-comercial da 213 Sports, vertical de esportes da V3A, responsável pelo desenvolvimento e promoção da Street League Skateboarding no Brasil por meio do SLS Super Crown World Championship, SLS Select Series e demais negócios da liga no país.
Companheirismo, igualdade e respeito estão entre os principais atributos de uma das modalidades mais democráticas e inclusivas do esporte. “O skate é um esporte, um estilo de vida e uma paixão. Respira urbanidade e não abre mão dos seus valores, que são fundamentais à comunidade, e um ponto de atenção para as marcas”, indica Mesquita. As empresas que apoiam o skate garantem fidelidade (57%) e aumento de vendas (67%), com gasto médio superior ao da população em todos os cenários de consumo de artigos esportivos.
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Mais receptivos à propaganda, os fãs estão dispostos (65%) a experimentar itens e serviços de patrocinadores pela primeira vez. Volkswagen, Fiat e Chevrolet são as marcas de automóveis mais presentes entre os fãs de skate. No varejo, se destacam Lojas Americanas, Magazine Luiza, C&A e Casas Bahia. Dorflex, Tylenol, Benegrip, Novalgina e Neosaldina são os medicamentos de venda livre mais consumidos por esse público.
De acordo com o levantamento, 81,8 milhões de brasileiros têm interesse no skate, o que equivale a 74% dos entrevistados. Cultura sneakerhead (74%), arte urbana (51%), streetwear (56%) e dança de rua (62%) são os temas de interesse. “O skate é um esporte que celebra a subjetividade e a história dos atletas. As oportunidades não estão apenas nas vitórias, mas em todo o ciclo de preparação e lifestyle de cada um. Essa característica oferece oportunidades únicas para as marcas trabalharem de forma legítima com atletas que representam os seus valores”, explica Mesquita, que cita o exemplo de Rayssa.
Leia a matéria na íntegra na edição de 30 de outubro de 2023