Spcine quer investir também em curtas, séries e internacionais
A Spcine, empresa paulista de cinema e audiovisual, investiu na criação da plataforma de vídeo sob demanda (VOD) Spcine Play, que já está em funcionamento, com dez filmes no catálogo e locação por R$ 3,90 (relembre aqui). A empresa atua em parceria com a O2 Play, distribuidora da O2 Filmes, que será responsável pela administração da plataforma, licenciamento dos filmes e demais funções. A curadoria é divida entre as duas empresas.
No momento, a Spcine Play tem apenas longa-metragens, mas vai abrir espaço para curtas e séries. Um desejo, ainda em fase de estudo, é promover intercâmbio e trazer à plataforma filmes de arte de outros países. O catálogo atual tem Mãe só há uma, de Anna Muylaert, Uma noite em Sampa (Ugo Giorgetti), A batalha do passinho (Emílio Domingos) e Lira paulistana e a vanguarda paulista (Riba de Castro), entre outros.
Lógica de startup
A parceria está sendo estudada há três anos e o projeto foi desenvolvido nos últimos 18 meses, envolvendo ainda uma terceira empresa, de tecnologia: a Hacklab, que criou a plataforma e será responsável por seu desenvolvimento técnico. “A lógica da empresa é de startup. A Spcine arcou com o investimento, um primeiro “angel money” e estamos abertos a investidores externos, tanto públicos quanto privados”, esclarece Igor Kupstas, diretor da O2 Play, distribuidora da O2 Filmes.
Com diferentes gêneros e formatos, a Spcine Play chega ao mercado para estimular o público cinéfilo a consumir e a conhecer as produções brasileiras, oferecendo acesso a títulos que muitas vezes estão restritos ao circuito de arte ou em festivais de cinema das grandes cidades. “Queremos um catálogo diversificado, com filmes de diferentes gêneros e formatos, para estimular o público a consumir produções brasileiras, dando acesso a títulos muitas vezes restritos ao circuito de salas de grandes cidades”, ressalta André Sturm, secretário municipal de Cultura. “É uma ferramenta para trabalhar filmes de nicho e de arte, em um espaço dedicado, juntamente de produtores e distribuidores nacionais, auxiliando-os em sua estratégia de distribuição digital”, explica Kupstas.
A batalha do passinho: estímulo para consumo de produções brasileiras muitas vezes restritas ao circuito dos cinemas