Stop motion ganha espaço na volta do Radiohead ao mercado

O grupo inglês Radiohead estava fora do ar desde 2011, quando lançou The King of Limbs. Na semana passada causou barulho com a estratégia disruptiva do single Burn the witch, com apoio de um clipe realizado em stop motion com direção de Chris Hopewell, parceiro de longa data da banda que tem sotaque deprê no seu repertório. É dele a direção do premiado There There, que ganhou o VMA de 2003. O novo trabalho do Radiohead teve direção de arte de Chris Hopewell e produção de Rosie Lea Brind.

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O quarteto inglês lançou o single Burn the witch com um videoclipe em animação e causou alvoroço no mercado com o conteúdo que centralizou as ações de marketing do projeto

É a primeira vez que o grupo utiliza a técnica de animação, ainda pouco utilizada na publicidade brasileira. A marca Trident já a contemplou em um comercial. A plataforma de game XBox também foi aos canais de mídia com esse estilo para interagir com seus consumidores.

No cinema ela é recorrente em clássicos de Tim Burton como O estranho mundo de Jack e Noiva-cadáver. George Lucas usou a técnica na saga Star Wars. Existem alguns efeitos que podem ser adicionados no processo criativo através de softwares como o FinalCut.

Com uma pegada trip hop e ambientação de violinos, a música é benchmark dos maneirismos do quarteto londrino. Burn the witch (queimar a bruxa, em tradução livre) é mais interessante no apelo visual: um policial foi designado para uma missão numa ilha escocesa para investigar o desaparecimento de uma adolescente, mas os habitantes alegam que ela é uma lenda. Na sua busca, um militar, que tem formação cristã, fica em estado de choque com os rituais pagãos praticados pelos nativos.

O novo álbum do Radiohead chega ao mercado no próximo mês de junho.