Streaming no Brasil é mainstream, garante executivo da ViacomCBS

O streaming é uma das principais apostas da ViacomCBS neste momento em que o segmento cresce no mundo e no Brasil – de acordo com levantamento da Magnite Research Study, 91% dos brasileiros usam serviço de streaming pelo menos uma vez por semana e 75%, diariamente.

No país desde dezembro do ano passado com a proposta de ser gratuita, a PlutoTV é um serviço de streaming com mais de 40 canais para todos os públicos, dentre os quais está o Black Entertainment Television, dedicado à cultura negra. Outro canal on demand da ViacomCBS no Brasil, a Paramount+ tem foco em grandes produções, como iCarly e filmes inéditos, aposta da empresa.

“No Brasil, streaming já é mainstream”, afirma Fabricio Proti, vice-presidente sênior de Ad Sales para AVOD & Pay TV na América Latina & gerente-geral da ViacomCBS no Brasil. “O mundo nunca produziu tanto conteúdo como estamos vendo hoje em dia, vivemos uma abundância de geração de conteúdo em todas as suas formas, acessíveis em qualquer device.

Nesse sentido, a conquista da atenção das pessoas passa pela ótica de ser relevante e ser capaz de entretê-las”, completa o executivo.

Fabricio Proti, da ViacomCBS: nunca foi produzido tanto conteúdo como agora (Divulgação)

A empresa não revela a porcentagem de faturamento, mas Proti afirma que o crescimento das receitas oriundas de assinantes por meio do Paramount+ e da publicidade via Pluto TV mostra “que estamos no caminho certo para capturar as oportunidades do mercado de streaming”.

O gerente-geral da ViacomCBS lembra que o streaming se popularizou no mundo por meio de um modelo de negócio baseado em assinatura. “Portanto, quando olhamos o time spent em plataformas de streaming versus publicidade, está claro que estamos iniciando essa relação entre marcas e as plataformas de streaming”, afirma.

Por outro lado, o executivo pondera, a chegada das plataformas de streaming gratuitas, que têm a publicidade como modelo de negócio, oferece um ambiente propício para a criatividade das marcas interagirem com seus consumidores em um momento de entretenimento.

As possibilidades, segundo ele, vão desde mensagens publicitárias até a chance de desenvolver projetos customizados. Mesmo assim, Proti conta que a atuação dos anunciantes ainda é bem tímida.

“Fazemos um trabalho de evangelização contínua para informar ao mercado todos os dados, possibilidades e tendências deste novo meio de entretenimento para as pessoas e marcas”, conta.