Subindo a rampa
Embora ainda vagarosamente, como as velhas locomotivas da antiga Central do Brasil, a economia brasileira, mercado publicitário nacional incluído, começa a dar os primeiros sinais de reversão.
Nos últimos dias, a mídia em geral andou mais cheinha, demonstração inequívoca que estamos – embora vagarosamente – superando mais uma das centenas de crises financeiras pelas quais o Brasil já passou, nenhuma porém como esta, pela tragédia de tantas vidas perdidas.
Ainda não se pode afirmar que os bons tempos voltaram, mas os sinais que apontam nessa direção são bons e já se pode ter um bom nível de aumento em nossas esperanças.
Falando exclusivamente do mercado publicitário, resta ainda aparar algumas arestas, como a possibilidade de manutenção por algumas agências do discutido home office.
A propósito desse delicado tema, é chegada a hora de se repensar coletivamente até onde deve ir, destravando as dificuldades que os meios vêm tendo de se reaproximar das equipes das agências, de cujas reuniões surgem propostas que geralmente são melhoradas, a viva voz, em benefício dos clientes-anunciantes.
Deve-se levar em conta que, o que tinha de ser feito, foi feito. Mas também deve-se levar em conta o momento da suspensão geral desse sistema que, sem dúvida, protegeu o pessoal das agências e de outras corporações que trabalham para o mercado anunciante. Mas que, a continuar, pode ser encarado como um exagero em um momento em que o país todo volta a se abrir para os seus segmentos de mercados, não como antes da pandemia, sem dúvida, mas não mais com o rigor que chegamos a atingir nos momentos mais delicados da mesma.
A inegável vanguarda propalada pela atividade publicitária tem de observar e se possível seguir outras atividades, que de certa forma estão voltando ao normal em seu dia a dia, não sem antes serem providenciadas variadas formas de mudanças físicas, que todavia não as impedem de trabalhar e ter contato com o seu público.
O símbolo maior desses cuidados vai ficar na História: a máscara, que deve ter salvo muitas vidas. Há outros símbolos, como os hospitais de campanha instalados em várias partes do país, que aumentaram sensivelmente a capacidade hospitalar para receber os atingidos pelo coronavírus.
As máscaras ainda vão continuar por bom tempo, mas a grande maioria desses hospitais já foi desmontada, significando simplesmente a diminuição, senão em grande número, ao menos como um sinal de alívio para muitos que deixaram vivos e sãos os nosocômios.
O apelo que o PROPMARK faz é no sentido de se estudar democraticamente a reabertura de todas as agências, com os necessários cuidados que o caso requer.
Vivemos hoje em um país melhor no sentido de se lidar com pandemias, como essa que ainda nos assola, mas já não como antes. Mais alguns passos a serem dados e conseguiremos retornar aos primeiros dias deste ano, quando ainda não sabíamos o que nos esperava a partir de março.
Imperdível para todos os brasileiros que aprenderam a ler, no mínimo uma repassada d’olhos no artigo do governador do estado de São Paulo, João Doria (de grande atuação profissional no mercado publicitário brasileiro), intitulado Butantan, a fábrica de saúde dos brasileiros, e publicado na edição de sexta-feira última no Estadão, à página A2.
João Doria ainda vai se consagrar, mais do que já está, quando o Instituto Butantan for também um dos reprodutores da vacina de prevenção contra o coronavírus, um maldito vírus que, como tantos outros, veio para ficar, mas sem causar as perdas de vidas humanas e os estragos feitos em todo o planeta pela sua eficácia mortal.
O governador paulista acredita que menos de 11 meses após o primeiro caso surgir no Brasil, o Butantan poderá iniciar a proteção contra a Covid-19.
Conhecendo João Doria como o conhecemos, não duvidamos que essa talvez já seja a sua principal meta de governo, o que fará consagrar-se para além das fronteiras brasileiras. Além disso, valorizará ainda mais o valioso trabalho do Butantan, que poderá entrar no mapa das doenças e suas curas, da forma mais retumbante possível.
Talentos não lhe faltam para isso. E agora com um governador seriamente preocupado com a pandemia, acreditamos que o mal uma vez mais perderá para o bem na História da humanidade.
As regionais do Prêmio Colunistas, de São Paulo e de Brasília, já estão abertas para receberem inscrições para o Prêmio Colunistas, a mais tradicional premiação da propaganda brasileira, com seus júris sendo formados basicamente por publicitários e jornalistas que cobrem o setor.
A regional de São Paulo, a maior do país isoladamente e por se tratar de sediar as mais importantes agências que operam no Brasil, abre suas inscrições nesta segunda-feira, 28, com encerramento previsto para 30 de novembro.
No caso paulista, o contato dos interessados pode ser feito com Nanny Lima (nanny@editorareferencia.com.br). Saiba mais sobre a premiação acessando www.colunistas.com.br. Lembre-se de que a carreira vitoriosa de muitos famosos do mercado começou com o primeiro Colunistas ganho.
Imperdível nesta edição, se estamos falando de ler, pensar e, mais que isso, refletir, a matéria de capa que aponta mais uma possível complicação para quem adotou o home office, sem o cuidado de formalizar acordos jurídicos entre todos os envolvidos.
Matéria de autoria do nosso editor Paulo Macedo, contém uma preocupante opinião do jurista Ludney Campedelli, do escritório Campedelli Advogados, especialista em ações trabalhistas. Recomendamos a leitura atenta do texto do Doutor Ludney Campedelli.
Trata-se de uma outra forma de se olhar decisões ante à pandemia.
O PROPMARK observa nesta edição a intensa movimentação de contas no mercado publicitário, durante o início da pandemia até aqui. Agências como VML e AlmapBBDO conquistaram clientes importantes, como Sadia e Diageo, respectivamente. Imperdíveis as entrevistas sobre esse tema, concedidas à nossa equipe por Fernando Taralli (VML) e Filipe Bartholomeu (AlmapBBDO).
Chamamos igualmente sua atenção, leitor amigo, para a entrevista com Luciano Deos, fundador e CEO da GAD’ Consultoria de Marca, que discorre sobre o momento de transformação que o mercado vive e da entrada de novos negócios.