Marcello Droopy

Todo ano, o SXSW começa com os festivais de Filme e Interatividade e conforme a semana vai passando iniciam-se outros pequenos festivais paralelos e também aquele que ainda é o maior e deu origem a tudo: o de música. E quem tem a oportunidade de ficar em Austin até os últimos dias do festival vive uma experiência marcante.

Vão saindo os executivos com suas malas de rodinhas e vão chegando os músicos com seus cases de instrumentos. Vemos menos cabelos com gel e mais cabelos coloridos, os perfeitos são os de cor rosa que combinam com a própria cor do crachá do SXSW Music. Os principais eventos começam a mudar das salas de palestras e cinemas para bares, casas de show, restaurantes, parques e até igrejas: são nesses lugares que centenas de bandas, cantores, músicos começam a se apresentar a partir do meio da semana.

Marcello Droopy

Não que já não tivesse um monte de gente incrível se apresentando pela cidade. Como disse um grande amigo: a música está para Austin assim como a comida está para a Itália. Mas quando começa o SXSW Music, essa felicidade musical é amplificada. O clima é tão contagiante que proporciona surpresas como a da foto acima: saímos de uma palestra num hotel, passamos por um piano no corredor e um rapaz sentou e começou a tocar! E bem!

Nas ruas, as pessoas – incluindo aí empresários e produtores musicais – vão buscando de lugar em lugar ouvir aquele som que mexa com elas, que surpreenda, algo novo. E é aí que você entende que o SXSW não poderia ter tido outra origem: aqui, a busca sempre foi por inovação, mas de um jeito alegre e leve, como só uma boa música faz nos sentirmos.