SXSW: Bandersnatch
Em dezembro de 2018, o Netflix lançou o filme “Black Mirror: Bandersnatch”, uma produção cujo caminho narrativo da história era determinado através de escolhas dos próprios usuários/telespectadores. Apesar de não ter gostado muito do filme em si, não consigo deixar de associar a minha primeira participação no SXSW (ou Southby para os veteranos) com essa experiência. Em um festival que conta com uma enorme quantidade de conteúdos incríveis acontecendo ao mesmo tempo, suas escolhas vão resultar em uma experiência personalizada e particular.
A experiência do SXSW é simplesmente imperdível. Um clima de copa do mundo em uma cidade que consegue ser prática, moderna e mesmo assim manter sua essência. Que combina uma das mais importantes faculdades de tecnologia dos Estados Unidos, com lugares como o White Horse, onde tivemos a oportunidade de viver uma autêntica experiência texana, com música country, comida apimentada e o carregado sotaque local.
Tive a oportunidade de assistir conteúdos que: me causaram surpresa; como a inacreditável história de assédio sofrida por Susan Fowler, outras que me fizeram refletir; como a incrível experiência sensorial com Bruce Mau, que me fizeram rir; como a espontaneidade e carisma de Bozuma Saint John, que me deixaram confuso; como o keynote de Bruce Sterling, que me deixaram ansioso; como as previsões de Amy Webb, e que me emocionaram; como a ativação da artista Lisa Park. Isso sem contar outros tantos conteúdos que me impactaram de alguma forma.
Para mim, o que fica do evento é a vontade de vir aqui de novo, e de novo, e de novo. E poder construir uma história diferente cada vez que estiver aqui, assim como no filme.
Thiago Fernandes é diretor executivo de canais e engajamento da BETC/Havas