Taxibeat direciona aporte para Brasil
Com o mercado de aplicativos de táxi em amplo crescimento global, os players deste segmento buscam variáveis para se diferenciarem entre si. A Taxibeat anunciou que recebeu um aporte de US$ 10 milhões e irá direcionar essa verba majoritariamente para o Brasil, com o intuito de ganhar share nas principais cidades nacionais.
Uma das vertentes que o montante irá cobrir é a nova política de gratuidade para o taxista. Antes, os motoristas pagavam R$ 2 a cada chamada, enquanto agora não pagam mais nada. “Os nossos concorrentes estavam ganhando neste ponto e resolvemos eliminar este custo para nos tornarmos mais atrativos para a nossa base”, contou o CEO da companhia de origem grega, Nikos Drandakis. O market share desse segmento é mensurado em número de corridas, não em receita.
Apesar disso, o Brasil é um dos poucos mercados onde isso ocorre, por conta desta concorrência específica e por sua importância global. No país, são 250 mil downloads por parte de usuários e 15 mil taxistas cadastrados, divididos entre São Paulo e Rio de Janeiro. “Ainda não sabemos como vamos reverter esse quadro financeiramente, mas para nós é importante ganharmos força aqui”, disse Drandakis. A Taxibeat foi fundada na Grécia e conta também com operação na França, Noruega, Romênia e México.
O grande diferencial da Taxibeat para os outros aplicativos similares é a forma de solicitação de carros. Enquanto muitos apps chamam pelo profissional mais próximo, este mostra uma lista com a reputação de cada taxista. Além das estrelinhas de avaliação, também são disponibilizadas informações sobre o carro, se aceita cartão ou se fala outro idioma.
“Queremos resgatar a confiança nos serviços de táxi. Você anda com o motorista que escolher, com base na avaliação de outras pessoas. Os profissionais ficam motivados para fazer o melhor trabalho possível e se destacar nesta verdadeira rede social”, afirmou Drandakis. O executivo contou que foi justamente esse estímulo para se resolver este problema social que fez a companhia crescer e ter bom desempenho em uma economia destruída como a da Grécia em 2012.