Telefônica finaliza compra da GVT
Para comprar a GVT, a companhia espanhola desembolsou cerca de 4,2 bilhões de euros em dinheiro e mais 7,4% de ações da Telefônica Brasil junto com outros 5,7% na Telecom Itália para a Vivendi, controladora da marca adquirida. No total, o acordo está avaliado em 7,2 bilhões de euros.
Uma parte dessa participação acionária concedida, porém, terá que ser vendida como uma das condições estipuladas pelo Cade. A quantidade de ações que precisam ser negociadas no mercado é mantida sob sigilo, porém, segundo o Cade, a Vivendi já se comprometeu vender a porcentagem ordenada pelo governo.
Além disso, a Telefônica, dona da operadora Vivo, terá que abrir mão dos direitos políticos exercidos na Telecom Itália, dona da Tim, como forma de preservar a concorrência no setor e não restringir a oferta de serviços e produtos aos consumidores. A Telefônica inclusive já havia mandado um comunicado à Telecom Itália na semana anterior abdicando de participar das decisões da companhia para atender o pedido do órgão antitruste brasileiro e abrir caminha para a aprovação do negócio.
A primeira mudança direta ocasionada pela aprovação da compra acontece no quadro diretivo da companhia. O então presidente da GVT, o israelense Amos Genish, torna-se o novo presidente da Telefônica Brasil e, Antonio Valente, atual dono do cargo, fica apenas na presidência do conselho de administração. No entanto, enquanto Genish não assume a posição de forma definitiva, Alberto Aguirre, vice-presidente financeiro, assume a cadeira interinamente.
“A conclusão da aquisição da GVT ainda está sujeita a outras poucas condições que se classificam dentre as usualmente aplicáveis a esse tipo de operação. Os termos e condições da incorporação das ações da GVTPar serão informados oportunamente”, encerra o comunicado da Telefônica.