TV aberta brasileira mantém boa performance no ano
De acordo com o executivo, durante o ano, a Record também ofereceu ao telespectador uma programação heterogênea com atrações para todos os públicos e capaz de absorver a verba publicitária dos mais variados segmentos da economia.
Para Zagari, como segunda emissora do país em audiência e em faturamento, a Record sempre se manteve bastante presente junto aos seus diferentes públicos: telespectador, anunciante e imprensa. “Desenvolvemos várias ações durante o ano, gerando retornos extremamente positivos para a emissora do ponto de vista institucional e financeiro.”
O executivo afirmou que, de uma forma geral, o mercado de TV aberta como um todo teve um ano positivo. “O setor deve fechar 2014 com crescimento aproximado de 12% em relação a 2013”. Segundo ele, foi um aumento importante, ainda mais em se tratando de um ano eleitoral. “Durante as eleições, as emissoras de TV têm que ceder parte da sua programação aos partidos políticos para transmissão do horário eleitoral, prejudicando as vendas dos breaks comerciais, principalmente durante o horário nobre.” Mas, de acordo com Zagari, mesmo com esse fator, os números da Record foram bastante satisfatórios e as metas foram batidas.
Para o ano que vem, o executivo afirmou que as previsões são otimistas. “Mesmo o Brasil passando por um momento econômico delicado e que deve se estender para 2015, estamos trabalhando muito para minimizar os efeitos de um cenário não muito promissor e tenho certeza de que seguiremos no caminho certo. Estou seguro de que vamos conseguir os melhores resultados possíveis.”
Sérgio Valente, diretor de Comunicação da Globo, por sua vez, reforça que foi um ano bastante promissor e de grandes conquistas para o setor, principalmente para a TV Globo. “Mantivemos nossa aposta na inovação e na qualidade dos nossos produtos para criar ainda mais oportunidades para as marcas e agências brasileiras.”
Segundo ele, algumas produções tiveram excelentes resultados, como “Amores Roubados”, “Amor à Vida” e “Império”. “Também fizemos uma cobertura excepcional dos principais eventos do país: a Copa do Mundo, com a mobilização de mais de 2.500 profissionais, e as eleições presidenciais, com recordes de audiência dos debates no primeiro e segundo turnos.”
Valente afirmou que a Globo também inovou com produção inédita de conteúdo em 4K com a minissérie “Dupla Identidade”. “Investimos fortemente em tecnologia e fizemos, pela primeira vez na TV mundial, uma transmissão ao vivo de jogos da Copa do Mundo em 4K. Ampliamos a cobertura do nosso sinal digital para 70% dos domicílios brasileiros.”
Além disso, o executivo lembrou que, este ano, a Globo promoveu a revitalização da marca, que passou a ser branca, sem o tradicional cinza metálico. Para ele, uma alteração que pode ser considerada a síntese de uma empresa em movimento, atenta às mudanças da sociedade e ao seu relacionamento com o público.
De acordo com ele, a Globo, como principal emissora do país, reflete a sociedade e sua vitalidade. “Vivemos uma busca permanente, que não tem linha de chegada, mas um caminho que se constrói por meio da troca constante com quem nos assiste.” Segundo Valente, a Globo está sempre buscando superar seus próprios resultados a cada ano.
Para 2015, as expectativas são as melhores possíveis, de acordo com Valente. “A Globo completa 50 anos, e a meta é continuar oferecendo uma televisão de qualidade e gratuita para o público brasileiro.” Segundo ele, o objetivo é manter o investimento em inovação e renovação constante, apostar em novos formatos, fazer a melhor programação e oferecer ao anunciante o melhor espaço para a sua comunicação.
Marcelo Meira, vice-presidente da Band, também disse que o ano foi bastante promissor. “Com dois grandes eventos no calendário, é possível dizer que 2014 foi um ano vigoroso e, na verdade, ótimo para a emissora.”
Segundo o executivo, a Band trabalhou muito bem na Copa do Mundo e continuou sendo referência na cobertura das eleições, além de lançar o “MasterChef”, um dos programas de maior destaque na televisão em 2014. Ele afirmou que a atração, comandada pela jornalista Ana Paula Padrão, se destacou na TV aberta, ganhou audiência e repercussão nacional.
De acordo com Meira, esse resultado reflete o interesse do público no assunto e a emissora soube aproveitar muito bem esse momento. “O programa vem conquistando índices de audiência melhores a cada semana, levando a Band ao segundo lugar no Ibope, inclusive. Já estamos pré-produzindo a segunda temporada, que será exibida no primeiro semestre do ano que vem.”
A Copa do Mundo, de acordo com ele, também teve grande sucesso e superou as expectativas. “No início havia uma desconfiança em torno do evento, mas a audiência foi espetacular. O Mundial do Brasil na Band teve 13% a mais de audiência do que a Copa da África.” De acordo com ele, a Band vai encerrar o ano com crescimento de 8% na receita.
Para o ano que vem, a perspectiva é cuidadosa, segundo o executivo. “Será um ano de acomodação política. Mas a Band acredita no Brasil e no setor produtivo. Seguimos investindo cada vez mais na programação.”
Além da segunda temporada do “MasterChef”, a Band também ganhou a transmissão da Champions League, em parceria com a Globo, e na temporada 2015-2016 vai transmitir 21 jogos.
Outra novidade é a chegada de um pacote com os mais importantes eventos de vôlei. “Exibiremos a Liga Mundial, Grand Prix, Campeonatos Mundiais e Vôlei de Praia. Daremos destaque ao esporte olímpico nacional que mais ganhou medalhas. Na verdade, trata-se de uma preparação para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, que serão transmitidas pela emissora.”
Para o setor, de uma forma geral, ele afirmou que “as previsões não são exatamente otimistas, mas teremos um ano satisfatório, não acreditamos no apocalipse”.