Um ano para esquecer

2020 está se despedindo de forma melancólica e trágica para a humanidade, com os milhares de mortos vítimas da Covid-19 em praticamente todo o planeta. Nós, brasileiros, como sempre em ocasiões semelhantes, somos atingidos pela desgraça em maior número, ocupando os primeiros lugares nesse terrível balanço de perdas humanas causadas pelo vírus.

Ainda bem que algumas autoridades do Primeiro Mundo estimularam famosas marcas de laboratórios a estudar e tornar realidade uma vacina que breque a escalada desse assassino invisível, tarefa que os mesmos estão executando com precisão e velocidade, dentre eles um consórcio do qual o Brasil participa, através do nosso valoroso Instituto Butantan.

Em número de vítimas fatais, estamos ocupando os primeiros lugares no planeta, o que tem alertado nossos governos, com destaque para o de São Paulo, a acelerar o processo de produção da vacina, evitando que a devastação seja maior.

Cabe aqui um elogio ao governador paulista, João Doria, que desde o início empenhou-se em uma luta terrível contra esse que já podemos chamar de mal do século, opondo-se inclusive ao governo federal na forma de batalha contra o vírus. Embora sejamos um dos países com maior número de óbitos provocados pelo coronavírus, a luta de algumas autoridades, dentre elas o citado João Doria, tem sido intensa, no sentido de um combate urgente e eficaz contra esse ainda desconhecido, mas atuante, agente do mal que é o corona.

Acreditamos e torcemos para que o esforço do governo paulista nos traga bons resultados com urgência, pois agora se inicia um momento ainda mais desfavorável para a preservação de vidas humanas. As nossas tradicionais festas natalinas, com as suas costumeiras e inevitáveis aglomerações humanas, são um prato cheio para a multiplicação em escala maior que a atual da contaminação de novas vítimas desse maldito vírus, do qual aparentemente nada ou muito pouco se sabe ainda, o que provoca apreensão maior entre os humanos, observando cálculos científicos que, dizem alguns deles, levarão a atividade da praga no mínimo até o fim de 2021.

Seria terrível para a humanidade, seria ainda mais terrível para o nosso país, onde algumas altas autoridades querem se aproveitar politicamente da tormenta, sem saber que nos próximos dias poderão também ser suas vítimas.

Ao que parece, infelizmente, ninguém está livre disso.


Apesar da pandemia, o PROPMARK prossegue atuante no seu setor, que envolve todas as atividades ligadas ao marketing, com destaque para a propaganda, pelo charme que um ótimo anúncio, ou ainda mais uma ótima campanha, pode trazer ao mercado publicitário, do qual nosso país é um dos mais respeitados do planeta.

Basta atentarmos para os resultados das grandes premiações mundiais do setor, onde sempre nos situamos nos primeiros lugares. Vide o Cannes Lions, no qual há duas décadas éramos considerados Terceiro Mundo na criação e produção de trabalhos publicitários.

Assim, não apenas apoiamos várias premiações do setor, regionais, nacionais e inclusive internacionais, como temos algumas promovidas pelo próprio jornal, como o Colunistas, um dos primeiros a surgir em nosso mercado, que se transformou através das suas regionais em excelente mostra da boa qualidade da nossa propaganda.

Assim é que a regional de São Paulo, a mais significativa do país em quantidade e qualidade de trabalhos, contando já com grande número de inscrições, apesar do momento ora vivido por todos nós, promoverá o julgamento das peças isoladas e das campanhas inscritas, ainda em janeiro próximo, acelerando o processo de reconhecimento e comemoração pelos players do mercado.

As inscrições ainda estão abertas, o que deverá se manter até o último dia útil deste estranho dezembro, com as pessoas limitando as tradicionais comemorações natalinas.


Imperdível nesta edição a entrevista com Hugo Rodrigues, chairman e CEO da WMcCann, que fala sobre os desafios de liderar uma agência com 403 funcionários a distância, provocando uma mudança na dinâmica dos negócios, que fará a agência fechar o ano 20% menor do que no ano passado.

Juntamo-nos ao carismático e sempre competente Hugo Rodrigues, torcendo para que as perspectivas para 2021 sejam em grande parte reparadoras das perdas do setor neste tormentoso 2020.


Imperdível também a matéria sobre o reality show A FazendA 12, da Record TV, que este ano bateu recorde de audiência e de patrocinadores, não só pela qualidade do programa, como também pela maior retenção do público em suas casas, resguardando-se da Covid-19.


Foi intensa, embora entre quatro paredes, a repercussão no mercado sobre o questionamento do Cade à Rede Globo, a respeito do pagamento de BVs às agências.

Veja matéria a respeito nesta edição, assinada pelo nosso editor Paulo Macedo.


Nossa próxima edição, com data de capa de 21 de dezembro, será a última deste terrível 2020.

Uma boa oportunidade para o seu anúncio aparecer ainda mais, pois nossos leitores, após essa edição, terão duas semanas de folga do imperdível (não somos nós que dizemos, mas concordamos) PROPMARK.