Um país confuso

O Brasil se tornou um país confuso, resultado em grande parte da disparidade de falas por parte de integrantes do primeiro escalão do seu governo.

Quem viu e ouviu a fala do ministro da Educação na TV na última terça-feira (20), sobre a volta dos estudantes às aulas presenciais, pode sentir que o titular daquela importante pasta – talvez a mais importante de todas – estava perdido diante da sua iniciativa e obrigação de se dirigir ao grande público deste imenso país, através do meio de comunicação de maior alcance até hoje, que é a rede de TVs.

Menos mal que antes e logo após a sua confusa fala, a programação das emissoras nos trouxe de volta à realidade do nosso dia a dia, reforçada por trabalhos de um setor que não para de evoluir em nosso país, que é o publicitário.

Passado o último Cannes Lions, totalmente transmitido online para o planeta, prosseguimos assistindo pela TV no Brasil uma qualidade de trabalhos de primeira linha, reforçando um setor que não para de evoluir em busca e aplicação da criatividade em seus trabalhos.

Não apenas os clientes anunciantes, além das próprias emissoras, o público brasileiro adora e aplaude a qualidade dos comerciais isolados ou das campanhas publicitárias que têm feito do Brasil um dos mais importantes em todos os continentes na criação e finalização de trabalhos que, não raro, são mais aplaudidos e despertam grande interesse junto ao público, superior na maioria das vezes aos programas editoriais das próprias emissoras, criados e desenvolvidos dentro de casa, como se costuma dizer, ou através de produtoras independentes que são contratadas para produzir trabalhos que completam a grade das nossas tevês.

É preciso melhorar e muito a qualidade desses conteúdos, contribuindo dessa forma para o aprimoramento do gosto popular em relação aos mesmos. Basta lembrar que, em passado não muito distante, possuíamos vez ou outra nas tevês conteúdos que eram aguardados com ansiedade pelo telespectador, tamanha a sua condição de qualidade.

Seus principais personagens ficaram até hoje na memória popular, que os lembra como verdadeiros ídolos do entretenimento por meio da televisão.

Voltando aos comerciais, como diz um deles, ainda bem que tem, pois suprem as deficiências acima apontadas que, sem dúvida, serão superadas com o passar do tempo e principalmente, a nosso ver, com o fim da pandemia, que tem contribuído para que os noticiários dessa mesma tevê também acabem se enquadrando no que de pior há para se ver na mágica da televisão.

Embora reais, as cenas deprimem e mostram ainda um país carente, que não consegue resolver ou minimizar de forma que até mereceria aplausos gerais as péssimas consequências da ação da Covid-19. Enquanto muitos países mais desenvolvidos já estão deixando para trás essa tragédia que abalou a humanidade, nós ainda ficamos discutindo malfeitores oficiais que se valeram dos seus importantes cargos para ganhar muito dinheiro com tenebrosas transações, como diria Chico Buarque.

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OOH
Esta edição do PROPMARK traz um especial sobre a mídia out of home, que se mostrou relevante durante a pandemia e, agora, revela otimismo. O setor se firmou como uma mídia de informação segura e um importante canal contra as fake news em tempos difíceis. Ao que tudo indica, a mídia exterior conseguiu reforçar a sua relevância e aposta na retomada dos negócios. Ana Célia Biondi, diretora-geral da JCDecaux e presidente da ABOOH, associação nacional que representa o setor, afirma que as empresas estão “ainda mais preparadas para cumprir esse papel importante de protagonismo na publicidade”. “Assim como as marcas, as empresas de OOH estão ansiosas para retomar as conversas com as pessoas nas ruas, metrôs, aeroportos, shoppings e comércios, como também com a população”. 

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Transformação digital
Outro destaque é a entrevista com a gerente regional de marketing da Epson, Cinthia Araújo, onde a executiva relata os avanços da empresa para outras áreas de atuação, além da impressão em papel. Recentemente, entrou para o setor de impressão de itens de decoração, incluindo vidros. A marca também aposta no segmento de brindes com nova máquina de sublimação. “Com a pandemia, muitas pessoas tiveram de buscar outras alternativas de trabalho e, por isso, a empresa lançou a menor impressora de sublimação do mercado”. Na área têxtil, a Epson vem promovendo a impressão digital e promete novos produtos com o conceito de ‘casa conectada’.

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Prêmio Multishow
Aos poucos, o setor de eventos e premiações dá sinais de volta à normalidade. Um exemplo é a realização presencial e com público do Prêmio Multishow 2021, que chega à sua 28ª edição, sob o conceito Imagine um mundo de música. No ano passado, o tradicional evento do canal pago do Grupo Globo foi online devido à pandemia da Covid, mas retoma do jeito que o consagrou desde sua criação, em 1993. A atriz Tatá Werneck dividirá a apresentação com a cantora Iza. Elas terão a companhia de Xuxa e da vencedora do BBB deste ano, a irrequieta Juliette, escaladas para entregar prêmios.

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Cacau Show é um exemplo
Não contente com 2,5 mil unidades possuídas pela sua rede de franquias, a Cacau Show, presidida por Alexandre Costa, quer abrir até o fim deste ano mais 400 novas lojas, tornando-se uma gigante nesse tipo de expansão. É desse Brasil e desses empresários brasileiros que mais precisamos, neste momento difícil da vida nacional, quando não raro parecemos um povo perdido em si mesmo.

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Revacinação
Apesar dos pesares, as boas notícias também aparecem, como a contida em uma das chamadas de capa da edição da última terça (20) do Estadão: SP quer revacinar população a partir de janeiro com Butanvac. Segundo a notícia, “o novo ciclo de imunização poderá ser feito com apenas uma dose e deve abranger toda a população adulta, independentemente da vacina originalmente administrada”.

Como diziam nossos antepassados, passe um anjo e diga amém.