Universidade vende graduação com vídeo 360 graus
O diretor comercial e de marketing do Centro Universitário Celso Lisboa, Felipe Kotait Borba, resolveu aplicar o conceito do marketing da experiência no setor educacional. Sua ideia era proporcionar uma experiência prévia da universidade ao candidato, que chega muitas vezes inseguro com relação à sua escolha.
“Existem algumas poucas iniciativas isoladas em relação ao uso dessa tecnologia, mas posso afirmar que nenhuma delas foca na experiência prévia do consumidor com o objetivo de proporciona-lhe segurança antes de investir seu dinheiro em algo. Esta deve ser a aposta de qualquer negócio: tornar as relações menos comerciais e mais transparentes”, disse Borba.
Há três anos, a instituição iniciou um processo de inovação na aprendizagem, quando criou a LIGA, uma abordagem metodológica que transforma a aprendizagem em uma experiência colaborativa, dinâmica e conectada com o mercado de trabalho. As salas de aula se tornaram espaços tecnológicos de aprendizagem, e um formato mais aderente ao mercado de trabalho. Neste modelo, professores se transformam em facilitadores e o aprendizado é baseado em competências: possuir a habilidade necessária para executar uma tarefa.
O grande desafio do marketing era fazer o estudante acostumado a um modelo tradicional de ensino vivenciar essa nova experiência de aprendizagem – antes de efetuar a matrícula na faculdade. A ação foi chamada de sala de aula virtual 360, em que um vídeo em 360 graus e realidade virtual foi disponibilizado aos estudantes.
Houve um incremento de 20% na captação de novo alunos e, após o início das aulas, a evasão imediata (pessoas que desistem logo no primeiro mês) teve uma redução de mais de 50%.
“Sabemos que a realidade virtual pode ser usada como estratégia de marketing, mas infelizmente poucas empresas a utilizam com o objetivo de tangibilizar algo antes de sua compra ou venda. Para a maioria das empresas, o importante é somente vender. É uma ferramenta com um potencial enorme e que, no mercado de educação, ainda é inexistente”, conclui Borba.