São Paulo cancela Carnaval de rua de 2022
No entanto, assim como no Rio de Janeiro, os desfiles das escolas de samba no Anhembi deverão acontecer
O Carnaval nas ruas da capital paulista não acontecerá neste ano. Após a chegada da variante ômicron, a prefeitura de São Paulo decidiu cancelar a festa – o anúncio foi feito pelo prefeito Ricardo Nunes.
Já os desfiles das escolas de samba estão mantidos no Anhembi entre os dias 25 e 28 de fevereiro, desde que a Liga aceite os protocolos sanitários.
A decisão foi tomada depois de uma reunião, ocorrida na manhã desta quinta-feira (6), entre Ricardo Nunes e profissionais da Vigilância Sanitário e da Secretaria Municipal de São Paulo. No encontro, os órgãos apresentaram um estudo sobre o comportamento da Covid-19 nos últimos meses.
Agora, São Paulo se junta a outras cidades que também não terão Carnaval neste ano: Rio de Janeiro, Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Teresina (PI), Belém (PA), Fortaleza (CE), Florianópolis (SC), Curitiba (PR) e Salvador (BA), Olinda (PE).
Patrocinadora do Carnaval de rua, a Ambev vai deixar de pagar R$ 23 milhões à prefeitura. Em nota, a empresa afirmou que ‘a saúde das pessoas deve vir sempre em primeiro lugar.
“Nesse momento, é crucial seguir as recomendações das autoridades médicas. Estamos em constante diálogo com parceiros e, em conjunto, avaliando os próximos passos”, informou a Ambev.
A Dream Factory, responsável pela folia em São Paulo e no Rio, divulgou uma nota que considera as "decisões acertadas e responsáveis por parte das prefeituras diante do cenário atual da pandemia e da natureza da folia de rua onde não se consegue aplicar os protocolos já consolidados nos eventos realizados em ambientes controlados."
MANIFESTO DOS BLOCOS
Antes mesmo de a decisão do cancelamento ser anunciada em São Paulo, três entidades de blocos de rua divulgaram um manifesto chamado ‘Te Amo São Paulo, mas não vou fazer seu Carnaval...’.
No documento, eles rejeitaram a possibilidade de a festa ser realizada no Autódromo de Interlagos para facilitar o controle. “Entendemos que é obrigação do Poder Público ser rigoroso na observância das regras sanitárias em todos os eventos que já acontecem e vão acontecer na Cidade de São Paulo até o Carnaval”, informou.