Vacina do bem, política do mal
Não bastam os mais de 200 mil brasileiros mortos pela Covid-19, desde quando teve início a epidemia, rapidamente transformada em pandemia.
Enquanto os cientistas criam as vacinas em várias partes do mundo, aqui no Brasil os políticos brigam sobre qual marca de laboratório deve ser mais privilegiada, deixando de levar em conta que, a cada dia de discussão sobre o tema, o número de mortes e de infectados não para de aumentar em nosso país, ajudado também – é bem verdade – pelo descuido de parte da população, que não adota com rigor as medidas recomendadas pelas autoridades, com base em estudos científicos, para evitar a propagação da doença.
Lamentável que tenha de ser assim, quando o certo seria as maiores autoridades do país celebrarem um pacto para juntar suas forças de combate ao perigoso inimigo.
Enquanto isso e além das mortes e internações hospitalares, há o grave prejuízo para a economia do país, que caiu muito desde quando teve início a propagação do vírus entre nós, que está próxima de completar um ano.
O setor publicitário, para o qual mais se volta este jornal, tem sido uma das maiores vítimas da Covid-19, com agências ainda fechadas e seus funcionários trabalhando em casa. Além disso, os próprios anunciantes, clientes das agências, têm diminuído as suas verbas, acompanhando dessa forma a derrocada econômica do país.
Perguntamos nós, de forma até propositalmente ingênua: se a vacina é a solução – e os fatos têm demonstrado que sim – os governos do país (federal, estaduais e municipais) deveriam se unir juntando suas forças para combater essa desgraça que se abateu sobre quase todo o planeta, abandonando de vez uma tola disputa sobre a aquisição de vacinas deste ou daquele laboratório, diminuindo as possibilidades de tornar mais em conta suas aquisições, mediante a união financeira de todos.
Aqui em São Paulo, o governador João Doria tem demonstrado interesse diário na finalização e uso da Coronavac, em uma parceria do Instituto Butantan com os chineses, para apressar a aplicação do santo remédio na população, cessando com isso o acelerado número de vítimas da Covid-19 em nosso país.
Mais do que nunca, o momento é de união nacional, soma de forças para combater o mal, cujo prejuízo total ao Brasil, além dos mortos e enfermos, ninguém sabe ao certo calcular, do ponto de vista econômico.
A Covid-19 não pode ser motivo de intriga e separação entre os poderes e os poderosos da República, mas sim um ato de grandeza de todos, deixando de lado suas questiúnculas políticas por um bom tempo, até que a pandemia desapareça por completo não apenas do nosso país, mas de todo o planeta.
O PROPMARK e seu diretor que este subscreve agradecem ao vereador Dalton Silvano, da Câmara Municipal de São Paulo, pela autoria do projeto aprovado pelo plenário concedendo a Medalha Anchieta a este editorialista.
Imperdível o texto de Oswaldo Mendes, fundador e presidente da Mendes Publicidade, de Belém do Pará, contando em resumo a história dos 60 anos da agência, a serem completados em setembro próximo.
Abrir há seis décadas uma agência na região amazônica é coragem de gente grande e sonhadora. A agência prossegue até hoje, enfrentando todas as dificuldades de operar em Belém do Pará. Mas vai em frente, justificando o julgamento popular sobre a coragem do empreendedor brasileiro.
No online do PROPMARK, reproduzimos o texto completo de Oswaldo Mendes, cujo título pode explicar tudo: O sonho da Madison Avenue na Amazônia.
O PROPMARK envia seus parabéns a esse bravo guerreiro brasileiro.
No Especial Perspectivas 2021, a editora-chefe do PROPMARK faz a este editorial um resumo da matéria, afirmando que o mercado de comunicação aposta em relações mais humanas. E explica: com a expectativa pela vacinação da população contra a Covid-19, o mercado de comunicação no Brasil aponta para um ano em que a humanização das marcas estará em alta, ao mesmo tempo em que a digitalização dos processos e do atendimento aos consumidores continuará avançando.
Para traçar um cenário, o PROPMARK ouviu dirigentes de agências de propaganda, de live marketing, veículos, anunciantes, plataformas digitais, empresas de OOH e produtoras, que falaram sobre suas perspectivas para 2021.
Imperdível a matéria sobre a corajosa mudança da marca da Globo, que aposta em cores vibrantes para refletir a natureza e representar a união de todas as empresas do grupo, sob o slogan Uma Só Globo.
Já temos nesta edição os vencedores da primeira regional do Prêmio Colunistas de Brasília 2020. Fernando Vasconcelos é o seu coordenador e saiu na frente de todos os demais coordenadores regionais para reforçar a ideia de que, apesar da crise, o Colunistas prossegue sendo uma das mais prestigiadas premiações do mercado publicitário brasileiro.
Uma boa notícia para os publicitários esportistas: matéria sobre o projeto do novo Pacaembu, que será restaurado. A concessionária que assumiu a gestão do complexo, a Allegra, negocia agora seus naming rights.