Varejo perde US$4 bi em lançamentos por erros com marketing
As empresas de bens de consumo desperdiçaram em conjunto US$ 4 bilhões de dólares em lançamentos de produtos nos últimos três anos por problemas com estratégia de marketing e análise de mercado.
A conclusão é de um estudo elaborado pela Nielsen, que analisou quase dois mil lançamentos nos últimos três anos na América Latina, usando a metodologia proprietária Activation Profiles.
Esse modelo foi construído a partir da medição do cruzamento de informações como, sucesso do produto, volume de vendas, crescimento da marca como um todo e o potencial com o consumidor target.
A Nielsen afirma que a indústria está mais dinâmica que nunca, com evolução de canais, competição mais acirrada, e consumidores forçando profissionais do marketing a pensar diferente.
Três fatores foram fundamentais nessa mudança: ascensão de e-commerce e a perda de importância dos canais usuais, competição de startups e marcas próprias ganharam relevância e o consumidor adotou novos modos de interagir.
81% dos lançamentos tiveram crescimento incremental da marca, 74% dos produtos atingiram expectativa de volume, 49% trouxeram novos usuários para a marca. Mas apenas em 36% dos casos, os lançamentos roubaram share de outros competidores, somente 34% tiveram rápido crescimento e 23% deles ficaram na gôndola mais de dois anos.
Baixo ROI
De acordo com a pesquisa, as marcas ainda lutam para ter retorno das inovações. Sendo que 30% delas não recebem suporte necessário para atingir seu potencial total.
Segundo a Nielsen, para maximizar o retorno com inovação é preciso que as marcas se pautem em dados precisos, como analytics e focar na ativação.
Para a consultora da Nielsen Cassiana Costa essa resposta só pode ser dada com uma estratégia clara. “Com informações precisas e um modelo preditivo, que aumenta em 5 vezes a chance de uma inovação cair no gosto do consumidor”, afirmou a especialista da Nielsen, lembrando que 30% de produtos promissores fracassam no mercado por falta de suporte adequado das empresas”.