Vídeos digitais são eficientes, mas custos dificultam uso na publicidade
As impressões de anúncios em vídeo de plataformas mobile cresceram 53% entre outubro de 2015 e dezembro de 2016, segundo o relatório Vídeos Digitais 2017, divulgado pela Adobe Digital Insights na América do Norte. Além disso, entre 2014 e 2016, os custos com anúncios em vídeos digitais cresceram 13%, ficando atrás apenas dos anúncios no Super Bowl, que tiveram aumento de 21%. Segundo o relatório, isso representa uma baixa na atividade dos anunciantes no que diz respeito ao uso dos vídeos digitais para publicidade. Isso porque em 15 meses, a média de impressões é de 3,7 meses, ou seja, cerca de 25% do tempo.
Por outro lado, se analisar o CPM (custo por mil impressões) nas TVs com dispositivos conectados (SmartTv, consoles e set-top-boxes, como a Apple TV), ele é o dobro do CPM em dispositivos móveis. O custo de publicidade em vídeo também é maior do que os de mobile search CPC (custo por clique) e mobile display.
“O estudo da Adobe mostra que os anunciantes têm enxergado a publicidade digital em vídeos como uma oportunidade, principalmente no mobile, com o crescimento de impressões nesta modalidade de anúncio. Porém, o custo se mostra um limitador e isso fica evidente na pouca utilização dos vídeos digitais num período de 15 meses. Em um cenário onde os anúncios digitais por vídeos ainda estão em maturação, se a taxa de visualização é alta, é natural a escalada de preços, mas conforme o mercado amadureça e a publicidade em vídeo se estabeleça, a tendência é de que os valores se estabilizem”, analisa Federico Grosso, vice-presidente da Adobe para América Latina.
Outro fator observado pela Adobe nessa pesquisa foi a experiência dos anúncios em vídeos em dispositivos móveis e desktops. As visualizações de publicidade em desktop caíram 27% de 2015 para 2016. Enquanto isso, as impressões mobile aumentaram 53% durante o mesmo período. Outro dado tem destaque: 60% dos anúncios em dispositivos móveis são assistidos até o fim, enquanto no desktop esse número cai para 47%.
Mas, afinal, tamanho da tela realmente importa? Segundo estudo, o consumo em telas grandes se destaca dentro do fenômeno da TV Everywhere (TVE), de vídeo-on-demand, como GloboPlay. A audiência está migrando dos dispositivos móveis para telas maiores, como as TVCDs. De acordo com o Adobe Primetime, a audiência da TVE móvel caiu em share de 54% para 46%. Enquanto isso, os dispositivos conectados em TV totalizaram 32% da audiência, crescendo 20% nos últimos dois anos.
“Os profissionais de marketing precisam ficar de olho no espaço que se revela nas TVs conectadas. Ainda em crescimento, pode se apresentar dentro em breve como um importante mecanismo de publicidade para as marcas e este é o melhor momento para testá-lo”, opina Federico Grosso.
O Adobe Digital Insights se baseia em mais de quatro bilhões de autenticações de TV Everywhere e a partir de mais de 300 websites e aplicativos na América do Norte.