Virando o jogo

A gangorra com a qual emblematicamente comparamos a economia brasileira tem se mostrado não só estável nos últimos tempos, como apresentado ascensão constante no seu lado positivo.

Juscelino Kubitschek, mesmo levando-se em conta o seu eterno otimismo e simpatia, costumava afirmar que o país era grande demais para cair no abismo. Ele tinha razão, olhando para os 60 milhões de conterrâneos, população brasileira estimada para a época. Hoje, com pouco mais de 200 milhões (IBGE) e uma insatisfação popular de difícil contenção, o risco é maior, exigindo maiores cuidados de contenção.

É o que voltamos a perceber nos últimos meses, que têm apresentado uma retomada constante com resultados palpáveis, como foram os índices de movimentação do comércio em todo o país durante a época do Natal.

Para o mercado publicitário, hoje dispondo de variadas e já consagradas plataformas de mídia, seu histórico pode ser tomado como uma espécie de padrão para a análise de todo o conjunto da economia nacional.

Até o fim do terceiro trimestre, eram muitas as dúvidas e dificuldades dos anunciantes e, em consequência, das agências, da mídia, das produtoras e dos fornecedores em geral desse importante segmento de ativação do mercado brasileiro.

Acabou felizmente sendo beneficiado pela mesma melhoria que se encarregou de difundir, produzindo bons resultados graças a um governo muito criticado no seu topo máximo, onde o alvo principal é o presidente da República, mas que tem a ventura de manter e prestigiar uma equipe econômica extremamente afinada não apenas com os novos tempos da economia mundial, como também e principalmente com as prementes necessidades de um país que chegou a beirar uma queda de difícil reversão.

Entramos em 2018 respirando mais aliviados e com maior capacidade de não nos deixarmos mais envolver pela conversa fiada dos outrora tidos como salvadores da pátria.

Ninguém pode negar, olhando para o Brasil como um todo, que o país deste janeiro é fortemente superior ao país de janeiro de 2017.

Temos pela frente, entretanto, um ano difícil do ponto de vista do nosso futuro, com eleições gerais que já ocupam a agenda política nacional e cujos resultados tanto podem consolidar essa acentuada melhora que desde há pouco passamos a experimentar, como jogar tudo por água abaixo, caso os vitoriosos sejam, em sua grande maioria, comprometidos com formas de governar que flertaram com um irrecuperável caos.

Preferimos apostar no amadurecimento dos eleitores brasileiros, cujas recentes dificuldades, muitas ainda a serem sanadas, não podem ter suas causas facilmente esquecidas.

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Como contribuição à permanência do atual estado de coisas em nossa economia, com perspectivas de acentuado avanço já em ebulição na pauta econômica nacional, temos a coincidência de uma Copa do Mundo da FIFA, da qual o Brasil é um dos favoritos à vitória final. Dizemos isso não apenas por patriotismo, ou pela sede de recuperarmos nosso prestígio bastante abalado com os 7×1 da última Copa.

Nosso otimismo prende-se principalmente à figura maiúscula do técnico Tite, que nas últimas e mais recentes temporadas do futebol no país revelou-se um autêntico líder, com todas as qualidades necessárias a esse reconhecimento.

Embora muitos brasileiros neguem ao futebol esse poder de aquecer ainda mais a economia, bem sabemos neste métier onde reina a magia da publicidade, como ele é importante para esse desiderato. Principalmente através de uma Copa do Mundo, anabolizada por ocorrer na Rússia, um país distante e ao mesmo tempo sempre muito falado entre nós brasileiros, para o bem e para o mal.

Fechando o foco na atividade publicitária, os benefícios desse evento para o setor, que é a razão de ser deste jornal, são incalculáveis. No mercado já se respira o clima da Copa, sempre bem-vinda por todos os seus players.

Trata-se, pois, de um exemplar reforço nas boas possibilidades de recuperação que o país já vem apresentando. A tese é inegável: O que é bom para a publicidade, é bom para o Brasil.

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Este Editorial é em homenagem à WMcCann, que através da criatividade do seu CEO, Hugo Rodrigues, contratou um espaço publicitário que hoje inaugura (com duração de seis meses), sob este conteúdo jornalístico opinativo, prestigiando dessa forma a importância da análise dos fatos com isenção, pela mídia que cobre o setor.

Armando Ferrentini é presidente da Editora Referência, que publica o PROPMARK e as revistas Marketing e Propaganda (aferrentini@editoraferencia.com.br).