Opinião: “Vou votar no Aécio, como votaria na Marina"

“Vou votar no Aécio, como votaria na Marina se ela tivesse passado para o segundo turno. Num segundo turno contra a Dilma eu votaria até no Chapolin Colorado se fosse esse o caso.

O PT não é mais um partido. É um projeto de poder de um grupo com crenças quase religiosas numa ideologia meia disforme que mistura um socialismo maroto, sindicalismo de porta de fábrica com um paternalismo getulista. Seria Bolivariano se alguém soubesse o que é isso.

Um projeto de poder que se sobrepõe à democracia e ao estado fazendo alianças estapafúrdias com o pior da política brasileira, criando mecanismos nada republicanos para financiar partidos e manter seu apoio incondicional no congresso.

Nessa eleição ficou clara que a intolerância brutal com que tratam todos que discordam desse seu projeto de poder é incompatível com uma democracia madura.

Mas acredito que o sentimento de culpa de uma classe média por uma ditadura militar e pela divisão, para lá de injusta, de renda está criando uma anestesia coletiva que impede que as idiotices e canalhices nos causem a revolta que merecem causar.

Caímos na armadilha da culpa. O Partido, Lula, Dilma e seu marqueteiro sabem como ninguém manipular a culpa que boa parte dos empresários, artistas, educadores, intelectuais, estudantes que justamente por serem conscientes e e esclarecidos sentem. Culpa pelas desgraças sociais do Brasil e por serem parte dessa elite demonizada pelo PT por tanto tempo.

Estamos novamente anestesiados. Junho de 2013 foi um espasmo de consciência de uma maioria. Todos os extratos sociais foram as ruas como nunca antes neste país. Lula sumiu, Dilma piscou e Brasilia tremeu.

Mas ao ver uma indignação justa aos poucos se transformar em apenas uma baderna/midiática/blackbock essa maioria assustou. Com medo voltou aos poucos à sonolenta e preguiçosa indignação de sofá.

E assim, de Rivotril em Rivotril, vamos sucumbindo e ruminando em direção a mais um governo que não permite o contraditório, a contestação. Um governo extremamente autoritário e manipulador no seu discurso de ódio e divisão.

O discurso ainda vai virar ação, falta pouco.”

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