W3haus reestrutura operação paulista
Criada em Porto Alegre há 12 anos, a W3haus, dos sócios Tiago Ritter (presidente), Chico Baldini (vice-presidente de criação) e Alessandro Cauduro (vp de inovação), está reestruturando sua operação em São Paulo para atender à demanda dos resultados obtidos nos últimos anos. A empresa de comunicação digital, nos últimos cinco anos, só teve crescimento acima dos 70% – em 2011 foi 93% de faturamento a mais em relação ao ano anterior. Esse ano, a expectativa é de um aumento de 70% em sua receita, baseado em conquistas como Alphaville Urbanismo e Grupo Dass (marcas Fila e Tryon), e de crescimento dentro do budget de seus próprios clientes.
Segundo Baldini, a empresa até adiou demais a entrada com uma estrutura mais forte em São Paulo. “Antes, tínhamos apenas uma escritório menor, mais concentrado em equipes de atendimento e prospecção. Mas já contávamos com clientes de porte para trabalhar o mercado paulista com mais força, como Lacta e Petrobras (tanto institucional como distribuidora), por exemplo”, afirma. Agora, o trio irá comandar uma estrutura completa em uma sede de 1000 metros quadrados na região de Perdizes, já montada para comportar o crescimento previsto para os próximos anos. Outra novidade é o novo site que apresenta a identidade visual da agência, mais alinhada ao atual momento da W3Haus.
Presidente da agência, Ritter afirma que a cultura permeada pela agência desde seu início continua em São Paulo. “Há 12 anos, quando surgimos, avisávamos os clientes que não fazíamos site, que nosso trabalho era cuidar de sua marca no ambiente digital. Ninguém conseguia entender isso. E o que sobrava para nós era o resto da verba de marketing dele”, lembra, falando que hoje o panorama do mercado é bem diferente. “É um meio que conseguiu agregar uma massa consistente à sua audiência. Metade da população do país está conectada, e metade dessas presentes nas redes sociais E hoje estamos vendo o digital sendo também o fio condutor de diversas campanhas”.
Porém, para o executivo, a cobrança vem junto com a verba. “Os clientes começaram a entender o poder do digital, estão investindo mais, mas também exigindo bem mais de suas agências. O que é natural”, ressalta. “E hoje estamos vendo marcas que nasceram no ambiente digital e estão pensando em vir para o ‘mundo real’. Veja o exemplo da Amazon, que estuda abrir lojas físicas em breve”, completa.
A ressalva de Ritter é em relação ao modelo de remuneração do mercado, que ainda não tem um padrão formado, como é o caso das agências de publicidade tradicional. “O digital trouxe para a agência algo que pertencia ao TI, que é o custo por hora do profissional. Que não é compatível com o nosso tipo de trabalho. É complicado para quem compra e quem vende. Não sei se iremos conseguir tão cedo uma uniformização, mas será preciso”.
Outro know-how da agência é o baixo turnover de clientes e pessoas. “Começamos com quatro pessoas, em uma época em que o mercado digital praticamente não existia. Hoje já temos um time de 130 pessoas em Porto Alegre e São Paulo. Também temos orgulho da nossa parceria de longo prazo que preservamos até hoje”, explica Alessandro Cauduro, referindo-se à marcas como Lacta e o Grêmio, para ficar em dois exemplos.