Walmart investirá em pequenas lojas
Durante a programação da Shareholders Meeting, reunião anual de acionistas do Walmart, realizada na tarde da última quinta-feira (2), em Fayetteville, o presidente da rede, Bill Simon, revelou sua estratégia comercial para conquistar novo perfil de consumidor. “Nos próximos meses, vocês ouvirão planos agressivos envolvendo lojas de formatos menores do Walmart”, declarou.
Segundo o executivo, o modelo permite chegar, com custos menores, a locais que não é possível com os atuais formatos. A multinacional ainda estuda opções de lojas de vizinhança, que ofereçam maior conveniência ao consumidor. Nos Estados Unidos, a rede conta com o Walmart Express, um hipermercado compacto, com 10% do tamanho do modelo tradicional, e testa a bandeira Marketside, de produtos frescos.
Embora ainda não esteja definido se o modelo será estendido à operação do Walmart Brasil, o projeto tem a ver com a expansão anunciada no País em maio, com as lojas “Todo dia”, de acordo com a assessoria de comunicação da marca. Com investimento de R$ 1,2 bilhão ao longo de 2011, o projeto prevê 80 novas lojas, de todos os formatos que a rede opera hoje no País: hipermercados, supermercados, lojas de atacado, clubes de compras e lojas de vizinhança. A maior parte delas voltada para as classes C, D e E, com as bandeiras Todo Dia (varejo) e Maxxi (atacado).
Com o indicador de vendas em lojas express nos Estados Unidos caindo há vários trimestres consecutivos, um modelo ainda mais enxuto sinaliza uma alternativa. Algo parecido aconteceu com a aquisição da Blockbuster pelas Lojas Americana, em 2007: além de explorar o modelo expresso, o grupo firmou com a Blockbuster International, Inc. um contrato de licença da marca pelo prazo de 20 anos, dando continuidade às atividades de locação e venda de DVDs e fitas VHS e a utilização da marca em certos produtos.
Outro caso semelhante é operado desde 2007 pelo Grupo Pão de Açúcar com as lojas Extra Fácil, que atingem um target de consumo voltado às compras rápidas de conveniência.
por Perla Rossetti, com informações do Valor Econômico