Warc e Deloitte se unem e apontam seis grandes desafios
O instituto de inteligência de marketing Warc e a Deloitte Digital uniram-se para definir as seis grandes perguntas que os profissionais de marketing deverão se fazer no próximo ano para manter seus negócios relevantes nos mercados em que atuam.
Com base nos conhecimentos e pesquisas do Warc e a experiência prática da consultoria Deloitte, as empresas publicaram em parceria um guia em que esmiuçam essas questões e desafios e fazem sugestões, intitulado “Kit de ferramentas 2017” (toolkit 2017).
A primeira questão diz respeito à inteligência artificial. Afinal, o que ela pode fazer pela sua marca? Os chamados chatbots (programas que simulam seres humanos em contato com pessoas reais) são a grande tendência para as marcas principalmente no setor de serviços ao consumidor.
A segunda pergunta é como a realidade virtual ou a realidade aumentada podem melhorar as experiências de marcas, uma vez que ambos introduzem novas formas de engajamento com clientes.
O terceiro questionamento essencial a ser feito é considerar se não está produzindo um certo excesso de conteúdo em vídeo para as redes sociais.
Há empresas, como a Procter & Gamble, que têm deixado de lado os excessos para concentrar-se na veiculação de menos e melhores vídeos nas redes.
O quarto desafio é questionar como valer-se dos aplicativos de conversação, onde há grande volume de informações relevantes para as marcas sendo compartilhados em ambientes fechados e de possibilidades mais limitadas.
Não seria importante considerar ações envolvendo o chamado “Dark Social”?
A quinta questão essencial para o marketing de empresas principalmente nos setores de alimentação e os chamados segmentos de “giro rápido” (Fast moving consumer goods) é se não deveria fazer parte de sua estratégia criar uma linha de vendas ainda mais direta com os consumidores – seja criando planos de assinatura como o Dollar Shave Club, projetos mobile ou botões de compra como os da Amazon.
E a última questão importante a ser avaliada em 2017 é: não seria melhor redirecionar os investimentos de mídia tendo o alcance como critério?
Há uma espécie de “batalha intelectual” na mídia entre os defensores do “alcance” e os que advogam pelo chamado “data driven targeting”, mais focado em chegar a públicos bem específicos.
Muitas marcas têm realocado suas verbas com foco maior no alcance e em ações de mais longo prazo. De acordo com análises do Warc, por exemplo, campanhas com grandes verbas focadas no alcance mais massificado acabam dando melhores resultados do que aquelas focadas justamente na eficiência, e de targeting mais cirúrgico, muitas vezes com ações mais pontuais e de menor longevidade.
Segundo Jason Warnes, executivo de marketing digital da Deloitte Digital, os profissionais de marketing têm, em 2017, o grande desafio de manter o compromisso com a mudança.
“A grande questão, que está acima de todas as outras e direcionará todas a decisões, é como otimizar a experiência dos consumidores com a marca, aprendendo com o que já foi feito e melhorando essa experiência. A tecnologia pode incrementar e personalizar essa experiência e a disrupção é uma aliada importante para criar novos serviços e experiências”, conclui Warnes.
O relatório completo Toolkit 2017 pode ser conferido no endereço www.warc/toolkit2017.