What Design Can Do apresenta programação

Bebel Abreu, idealizadora do evento em SP

Em uma definição simplista, porém utilizada por muitos, o design seria algo como a arte de criar cadeiras bonitas. Para a organização da conferência internacional What Design Can Do, no entanto, a disciplina – que de fato pode criar cadeiras bonitas – tem também um poder transformador. E foi justamente para mostrar todas as possibilidades que o design proporciona que o evento nasceu, há sete anos, em Amsterdã, na Holanda,  e, desde o ano passado, ganhou uma versão brasileira – a primeira fora do seu país de origem. Este ano, o encontro com profissionais renomados dos mercados nacional e internacional será na Faap nos dias 13 e 14 de dezembro.

Nesta quarta-feira (26), o evento apresentou a programação oficial para sua segunda edição na capital paulista, que reúne nomes como Jacob Van Rijs e Erik Kessels, da Holanda, Selly Raby Kane, do Senegal, Sam Bompas, do Reino Unido, os brasileiros Aline Cavalcante, cicloativista, Rodrigo  Oliveira, chef do Mocotó, e André Naddeo, do projeto Drawfugees, entre outros. 

Dentro da temática “O que o design pode fazer”, o encontro deste ano abordará o que pode ser feito plea consciência cultural, pela comunicação, pela comida, pelas questões urbanas e pelos refugiados.

A arquiteta e produtora cultural Bebel Abreu, responsável pelo evento no Brasil, lembra que no ano passado mais de mil pessoas passaram pela Faap em dois dias de evento. Este ano, a ideia é ir além e reforçar a ideia de que o design não é resultado, mas sim um processo.

Marko Brajovic, arquiteto croata que desde 2006 estabeleceu seu escritório em São Paulo, atendendo a clientes como Coca-Cola e Nike, reforçou a importância do evento durante seu lançamento. 

“Design não é só questão de formato, mas de processo, de otimização de materiais. Design é consequência do processo”, afirmou Brajovic. Na opinião dele, a definição de design ainda é mal compreendida pelo mercado e até pelo meio acadêmico.

São Paulo

O idealizador do What Design Can Do, o holandês Richard van der Laken, tem uma razão para ter escolhido São Paulo como único local, até agora, a receber uma edição extra do evento: a criatividade da cidade.

“São Paulo é muito importante para nós. Não escolhemos Nova York ou Cidade do Cabo, mas São Paulo. Conheci a cidade durante conferências, palestras que fiz, e me apaixonei. Não só São Paulo, mas todo o Brasil tem uma excelente comunidade criativa”, destacou van der Laken. “Não falamos sobre estatísticas, porque design é muito mais do que isso. Design não é sobre uma cadeira bonita, embora também possa ser, mas é  sobre transformar a sociedade”, acrescentou.