What Design Can Do debate o valor da disciplina

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Bebel Abreu, sócia do estúdio Mandacaru, de arquitetura

O design como forma de transformação social está sendo debatido na Faap durante a segunda edição do What Design Can Do São Paulo, que teve início nesta terça-feira (13) e segue até quarta (14). O evento, original de Amsterdã, acontece na capital paulista pelo segundo ano consecutivo, mas desta vez orientado por cinco temas: questões urbanas, comunicação, refugiados, consciência cultural e violência contra mulheres – todas vistos sob a perspectiva do design.

O professor Fábio Righetto, diretor do núcleo de Artes Plásticas da Faap, ressaltou a transformação que a própria disciplina sofreu ao longo dos anos. “No início diziam que o design podia mudar o mundo”, comenta. “Hoje se trata mais do design buscar meios para salvar o mundo”, explicou.

O holandês Richard Van der Laken, idealizador do What Design Can Do, que em Amsterdã já existe há mais de seis anos, destacou o poder da disciplina quando associada a outras áreas. “Só podemos fazer as coisas acontecerem com o poder do design, obviamente que em parceria de companhias de outras áreas”, disse citando como exemplo a tecnologia.

Nesse sentido, a programação do What Design Can Do é extensa e passa por palestras sob o poder do design na questão da mobilidade, com a cicloativista Aline Cavalcante, e na área gastronômica, com o chef Rodrigo Oliveira, do Mocotó.

“Temos uma programação inspiradora, que busca aproximar mentes criativas de todo o mundo para que comecem projetos, tomem iniciativas e se tornem grandes agentes de mudanças dos problemas contemporâneos. É para isso que entendemos que o design existe: para contribuir na solução de questões complexas”, afirma Bebel Abreu, sócia do estúdio Mandacaru e do What Design Can Do no Brasil.