Wunderman Thompson assina campanha contra o genocídio
No sábado (21) é celebrado o Dia Internacional contra a Discriminação Racial. Para tentar combater e alertar a população sobre o tema, já que no Brasil 75% das vítimas de homicídios são negras, a agência Wunderman Thompson assina a campanha ‘Alvos do genocídio’.
A ação apresenta os dados em ilustrações que simulam alvos de tiros, preenchidos proporcionalmente com a discrepância da porcentagem de assassinatos entre negros e não-negros no país por meio de OOHs estáticos e digitais em diversas capitais do Brasil (SP, RJ, ES e BA), prints, conteúdo criado e disseminado por influenciadores (stories e posts de Instagram e Facebook) e conteúdos em vídeo para o Youtube.
“A Wunderman Thompson Brasil nasceu com um forte legado de ações institucionais ligados a equidade racial. O alto índice de mortes violentas da população negra no Brasil e no mundo faz parte das questões que precisamos e devemos discutir, além de classificar propriamente para que essas mortes em grande escala não façam mais parte do cotidiano e caiam no abismo da normalidade. É preciso chamar a atenção do mundo e nosso desejo é estar ao lado de parceiros agentes de mudança, como a Coalizão Negra por Direitos”, diz Keka Morelle, CCO da Wunderman Thompson Brasil.
Além disso, a iniciativa contará com um site que vai reunir todos os gráficos e conteúdos criados para a campanha e onde os usuários vão poder enviar um abaixo assinado para os maiores veículos de mídia do país para que passem a tratar dos assassinatos deliberados, diários, sistemáticos e em massa da população negra com a denominação correta, genocídio.
“Há décadas o Movimento Negro enfrenta e denuncia o genocídio que atinge a população negra brasileira. Infelizmente jamais houve sensibilidade em relação a esse tema. A morte negra, violenta e em grande escala nunca comoveu a sociedade brasileira. Essa campanha é um passo importante para chamar a atenção dos grandes meios de comunicação para esse tema e dar a ele o grave nome que ele tem: genocídio”, ressalta Douglas Belchior, membro da Coalizão Negra por Direitos.