"Zica e os Camaleões" é lançada em São Paulo

A Cinema Animadores, comandada pela produtora executiva Silvia Prado, e a Conteúdos Diversos, do publicitário Sérgio Lopes, em parceria com o ilustrador e diretor de animação Ari Nicolosi, lançaram neste final de semana, em São Paulo, o projeto transmídia “Zica e os Camaleões”.

Composta de série para TV, livro, game, CD, longa-metragem, licenciamento de produtos e ações nas redes sociais – como concursos culturais, revista digital interativa, games e social game – a animação, criada e dirigida por Nicolosi, é voltada para o público entre 9 e 14 anos, e retrata o dia a dia de Zica – uma adolescente que utiliza a arte e a música como formas de expressão. A música, aliás, tem um papel fundamental na série, e foi produzida em parceria com a Lua Nova, de Thomas Roth.

“Zica e os Camaleões” começou a ser idealizada há cerca de cinco anos e em abril estreou na TV Brasil. Sua primeira temporada será exibida agora no “AnimaTV”, na TV Cultura, com 13 episódios de 11 minutos de duração. Neste período, o projeto ainda participou de diversos eventos dentro e fora do país, tendo seu piloto premiado e selecionado entre os finalistas de alguns deles, caso do LabTransmídia, na prestigiada RioContentMarket.

“Estamos atrás da produção da segunda temporada, além do longa, que já tiveram verbas captadas no valor de R$ 1,75 milhões e R$ 3,95 milhões, respectivamente”, afirma Sérgio Lopes. Já o game “Zica X Mister G” foi contemplado no edital do 1º Programa de Desenvolvimento de Projetos da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, e captou recursos da ordem de R$ 100 mil. “Também estamos atrás de empresas e marcas da iniciativa que possam ter interesse em conversar com o nosso público-alvo”, diz, revelando ainda que a previsão de retorno dos projetos de licenciamento é de R$ 2,25 milhões em três anos.

Para Lopes, o momento para a produção de séries no Brasil é propício, mas o mercado transmídia ainda não está tão maduro. “As pessoas focam mais na TV e esquecem do celular, do game, da revista. E esperam fazer sucesso na mídia de massa para depois ir atrás de licenciamentos. No nosso caso queremos construir uma história conjunta, em todas as plataformas ao mesmo tempo”.